“Filho
meu, não te esqueças dos meus ensinos, e o teu coração guarde os meus
mandamentos; porque eles
aumentarão os teus dias e te acrescentarão anos
de vida e paz.” (Provérbios 3.1-2).
No último dia 12
de agosto, a Igreja Presbiteriana do Brasil, completou 157 anos de História em
nosso País, parabenizamos a nossa Igreja e colocamos aqui, um pouco da nossa
História.
O que é a Igreja Presbiteriana do Brasil?
Quanto à sua teologia, as igrejas
presbiterianas são herdeiras do pensamento do reformador João Calvino
(1509-1564) e das notáveis formulações confessionais (confissões de fé e
catecismos) elaboradas pelos reformados nos séculos 16 e 17. Dentre estas se destacam
os documentos elaborados pela Assembléia de Westminster, reunida em Londres na
década de 1640. A Confissão de Fé de Westminster, bem como os seus Catecismos
Maior e Breve, são adotados oficialmente pela IPB como os seus símbolos de fé
ou padrões doutrinários. Outras igrejas presbiterianas adotam documentos
adicionais, como a Confissão Belga e o Catecismo de Heidelberg. O conjunto de
convicções presbiterianas, conforme expostas no pensamento de Calvino, de
outros teólogos e dos citados documentos confessionais, é denominado teologia
calvinista ou teologia reformada. Entre as suas ênfases estão a soberania de
Deus, a eleição divina, a centralidade da Palavra e dos sacramentos, o conceito
do pacto, a validade permanente da lei moral e a associação entre a piedade e o
cultivo intelectual. No seu culto, as igrejas presbiterianas procuram obedecer
ao chamado princípio regulador. Isso significa que o culto deve ater-se às
normas contidas na Escritura, não sendo aceitas as práticas proibidas ou não
sancionadas explicitamente pela mesma. O culto presbiteriano caracteriza-se por
sua ênfase teocêntrica (a centralidade do Deus triúno), simplicidade,
reverência, hinódia com conteúdo bíblico e pregação expositiva. Na prática, nem
todas as igrejas locais da IPB seguem criteriosamente essas normas bíblicas,
embora elas tenham caracterizado historicamente o culto reformado. Os problemas
causados pelo afastamento desses padrões têm levado muitas igrejas a
reconsiderarem as suas práticas litúrgicas e resgatarem a sua herança nessa
área fundamental. Quando se diz que o culto reformado é solene e respeitoso,
não se implica com isso que deva ser rígido e sem vida. O verdadeiro culto a
Deus é também fervoroso e alegre.
Finalmente, a vida
das igrejas presbiterianas brasileiras não se restringe ao culto, por
importante que seja. Essas igrejas também valorizam a educação cristã dos seus
adeptos através da Escola Dominical e outros meios; congregam os seus membros
em diferentes agremiações internas para comunhão e trabalho; têm a consciência
de possuir uma missão dada por Deus, a ser cumprida através da evangelização e
do testemunho cristão. Muitas igrejas locais se dedicam a outras atividades em
favor da comunidade mais ampla, como a manutenção de escolas, creches,
orfanatos, ambulatórios e outras iniciativas de promoção humana. Cada igreja
possui um grupo de oficiais, os diáconos, cuja função primordial é o exercício
da misericórdia cristã. O presbiterianismo tem uma visão abrangente da vida,
entendendo que o evangelho de Cristo tem implicações para todas as áreas da
sociedade e da cultura. Alderi Souza de Matos – Historiador da IPB