Por Sua livre graça e por Sua providência soberana, Deus concedeu uma revelação totalmente fiel de Si mesmo, levando escritores humanos a prepararem o registro dessa revelação em linguagem humana. É isto que também afirma o apóstolo Pedro (2 Pe 1.20-21).
"Homens santos falaram” – embora tenha origem divina, a revelação bíblica foi registrada por homens escolhidos por Deus para isso. A Bíblia não foi escrita em língua de anjo, nem em códigos indecifráveis, mas na língua falada pelo povo. Os escritores eram tão seres humanos quanto nós: falavam em linguagem humana, viviam no mundo dos seres humanos e interagiam com seres humanos, com sociedades humanas e com o mundo ao seu redor.
A doutrina bíblica da inspiração está fortemente baseada na própria Escritura, porque só é possível temos conhecimento de Deus através daquilo que Ele mesmo nos revela, seja nas obras de criação e providência (chamada revelação geral), ou na Escritura (revelação especial).
Mais especificamente, a obra de inspiração das Escrituras é uma obra importante da 3ª pessoa da Trindade, o Espírito Santo. É Ele que garante a veracidade daquilo que é revelado e também a fidelidade e exatidão do meio empregado para fazer com que essa revelação seja transmitida no decorrer dos tempos.
“...Da parte de Deus, movidos pelo Espírito Santo” (2 Pe 1. 21). Apesar dos escritores bíblicos terem liberdade para se expressarem e registrarem de forma variada a revelação de Deus, mantendo características próprias de acordo com seu estilo, nenhum deles teve liberdade para criar suja própria mensagem. Por isso dizemos que Deus (Espírito Santo) é o próprio autor da Bíblia.
Rev. Jonas M. Cunha (adaptado)