Parece piada, mas não é. Quem me contou estava presente. Certa ocasião, o missionário A. Bem Oliver, acompanhado de outros irmãos no trabalho missionário que realizava entre as ilhas do litoral paranaense em torno de Paranaguá, enfrentou uma grande tempestade em um pequeno barco a remo.
Em determinado momento, um dos que estava no barco assustado com a tempestade, perguntou: Pr. Oliver, não seria melhor pararmos para orar? Ao que ele respondeu com seu característico sotaque americano: irmão, vamos orando e remando..., oraaando e remaaando..., e assim foram até chegar a um lugar seguro.
Para alguns esta atitude pode parecer estranha, pois separam oração de ação. Imaginam que agir depois de orar seja falta de fé. Mas não é assim. Como se percebe no texto bíblico base desta meditação, o grande líder Neemias, homem de muita oração e ação, não as separava. Diante das ameaças de seus inimigos, prontos para invadir a cidade fragilizada, com seus muros destruídos, não titubeou: colocou o problema diante de Deus em oração e, ao mesmo tempo, estabeleceu guardas de dia e de noite para a proteção do povo.
Existem ocasiões em que só podemos orar, mas não é bíblico deixar de fazer a nossa parte quanto esta é possível. Assim, oremos pelos enfermos, mas também lancemos mão dos remédios e da ajuda médica; oremos por missões, mas também ofertemos e enviemos missionários; oremos pela conversão de nossos queridos, mas, ao mesmo tempo , compartilhemos com eles o Evangelho; oremos pelo pão de cada dia, como o Senhor nos ensinou, mas trabalhemos por ele, como a Bíblia nos ordena.
Enfim, se for possível, vamos orar e agir, fazer tudo o que está ao nosso alcance. Lembremos da Bíblia e do exemplo do missionário Oliver. Diante das dificuldades e desafios da vida, sigamos orando e remando, orando e remando, orando e ...
A oração não nos dispensa de agir
Dentro de nossas possibilidades.
Rev. Jonas M. Cunha (extraído de Pão Diário)