“De modo algum jureis...”. Mateus 5. 34
Muitas pessoas prometem que irão fazer uma coisa e não cumprem. Os judeus no tempo de Jesus costumavam jurar para que as pessoas dessem crédito às suas palavras.
Jesus chama a atenção dos Seus ouvintes, no Sermão do Monte, dizendo: “Ouviste que foi dito ...Não jurarás falso, mas cumprirás rigorosamente para com o Senhor os teus juramentos”. Ele se referia ao 3º Mandamento do Decálogo e mais especificamente a Levítico 19.12: “Nem jures falso pelo meu nome; pois profanaríeis o nome do vosso Deus: Eu sou o SENHOR”. O foco do mandamento era na verdade: “Não mintais uns aos outros, uma vez que vos despistes do velho homem com seus feitos” Cl 3.9. Deus proíbe a mentira, o engano e falsos testemunhos.
Porém, a ênfase que os fariseus davam era “não jureis falso pelo meu
nome”, em vez de ser “não jureis falso”. Ou seja, somente o
juramento que usasse o nome do Senhor não podia ser quebrado, mas os demais, podiam.
Então eles juravam por outras coisas: pelo céu, pela terra, Jerusalém e pela
própria cabeça (Mt 5.34-36). Porém Jesus mostra que jurar por estas coisas era
o mesmo que jurar por Deus. Mas o que Jesus queria era que Seus discípulos
fossem tão verdadeiros, que não precisassem ficar jurando, para que os outros
acreditassem neles. Sua ênfase está na veracidade no coração “O que vive com
integridade, e pratica a justiça, e, de coração, fala a verdade” (Sl15.2).
Jesus não está proibindo o uso de qualquer juramento, mas daquele que
não procede de um coração sincero, está se referindo a um legalismo estreito e
enganador, que exige um juramento para obrigar o cumprimento daquilo que foi
falado. Temos vários exemplos de juramento na Bíblia (Gn 14.22-24; 31.53, etc),
o próprio Deus jurou (Sl132.11). Porém, há uma distinção entre os momentos
solenes, como diante de um tribunal, e na conversa do cotidiano.
Ser honesto e verdadeiro é o que o Senhor espera de nós: ”Por isso,
deixando a mentira, fale cada um a verdade com o seu próximo...” (Ef 4.25).
Rev. Jonas M. Cunha