“Faça-se a Tua vontade, assim na terra como no céu.” Mateus 6.10
Bíblia se refere à vontade de Deus em dois sentidos: Decreto de Deus, ou plano eterno (Is 46.10), e Vontade Revelada, expressa em sua lei, revelada por Deus por meio da Escritura (2 Pe 1.16-21). (É a este sentido que a oração se refere). A Palavra de Deus afirma a permanência da lei moral de Deus para os crentes na nova aliança em Cristo (Mt 5.17-20), embora as leis cerimoniais e judiciais do A.T. tenham sido abolidas em Cristo.
Embora sendo insuficiente para salvar os homens, a lei moral após a queda é dada aos homens como o objetivo de tomar consciência da santidade de Deus; da sua grave situação de pecado; de sua incapacidade de cumprir perfeitamente a lei para serem salvos; e, para tomarem consciência da verdadeira regra de vida pela qual os verdadeiros filhos de Deus devem viver.
Na 3ª petição, Jesus ensina os discípulos a orar ao Pai para que, pela Sua graça, torne-os capazes e desejosos de conhecer a Sua vontade, de obedecer e se submeter a ela em tudo, como fazem os anjos no céu. Também os alerta a reconhecer sua inteira incapacidade e indisposição de por si mesmos conhecer e fazer a vontade de Deus.
Portanto, é uma petição ardente para que a vontade do Pai seja obedecida de maneira completa e imediata, como fazem constantemente os habitantes do céu. Nela, a 2ª frase explica e interpreta a 1ª, pois o reino de Deus não virá plenamente até que os filhos de Deus façam Sua vontade na terra, como é feita no céu. Trata-se de uma oração por fé verdadeira, uma fé que acredita que Deus tem uma vontade compreensível, boa e importante para Seus filhos (Sl 143.10).
Não precisamos fazer magias, astrologias, contatos com os mortos, búzios e outras coisas para “descobrir” a vontade de Deus. O crente serve a um Pai que diz qual a Sua vontade para com Seus filhos. Sua vontade é claramente revelada – Sl 119.105
A vontade dEle é boa (Rm 12.2), por isto, viver para cumprir os mandamentos do Pai deve ser a coisa mais importante na vida dos discípulos de Jesus.
Rev. Jonas M. Cunha (adaptado)