“Justo é o SENHOR em todos os seus caminhos, benigno em todas
as suas obras. ”Salmo 145.17
A Justiça de Deus é um dos Seus atributos comunicáveis, ou seja, que o homem também possui, por ser criado à imagem e semelhança de Deus. Embora o pecado tenha deformado a imagem de Deus no ser humano, está não foi totalmente apagada. Prova disto é o sentimento de justiça presente até nos criminosos, quando matam na prisão outro prisioneiro que fez algo como estuprar uma criança.
A ideia fundamental de justiça é a estrita adesão à lei. Entre os homens pressupõe-se uma lei a qual devem conformar-se. Embora não haja lei que esteja por cima de Deus, há todavia uma lei que está na natureza essencial de Deus – 1 João 2.29.
Em geral se faz distinção entre a justiça absoluta de Deus (“retidão da natureza divina, em virtude da qual Deus é infinitamente justo em si mesmo”), e justiça relativa (“aquela perfeição de Deus por meio da qual Ele se mantém contra toda a violação de Sua santidade e deixa ver em todo sentido que Ele é santo”). É a esta última que mais particularmente se aplica o termo “justiça”.
A justiça se manifesta, especialmente, em dar a cada um o que lhe corresponde, conforme seus merecimentos.
Deus utiliza de justiça como governante de bons e maus. Ele tem instituído um governo moral no mundo, e imposto uma lei justa sobre o homem, com promessas de recompensa para o obediente, e advertências de castigo ao transgressor- “justiça governativa de Deus” - (Is 33.22; Tg 4.12 e Dt 4.8).
Relacionada a essa justiça está a justiça distributiva de Deus – “retidão de Deus na execução da lei, e se relaciona com a distribuição das recompensas e dos castigos” – 1 Pe 1.17. No primeiro caso temos a manifestação do amor divino, e no segundo, da ira divina. A justiça divina está original e necessariamente obrigada a castigar o mal, mas não a premiar o bem – Lc 17.10; 1 Co 4.7.
Muitos dizem que Deus é amor, mas se esquecem que Ele também é santo e justo. Diante dEle temos que reconhecer que não há ninguém justo (Rm 3.9-18), pois todos são pecadores (Rm 3.23) e merecem ser punidos (Rm 6.23).
A maior prova do amor de Deus é também a maior prova de Sua justiça: o fato de ter Cristo morrido por nós para ser perdoados e reconciliados com Deus: “Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco, pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores” (Rm 5.8).
Só há uma maneira de se livrar da culpa e da condenação, é arrependendo-se dos seus pecados e aceitando a Cristo com seu Salvador (Rm 8.1). Rev. Jonas M. Cunha