segunda-feira, 22 de julho de 2013

Deus Eterno e Imutável

“Antes que os montes nascessem... de eternidade a eternidade, tu és Deus.” Salmo 90.2





         Quando falamos a respeito da criação com  crianças pequenas é comum elas preguntarem: Quem fez Deus?”. A resposta mais clara é que Deus não foi criado. Ele sempre existiu. Trata-se, na teologia, da infinidade de Deus, que é definida  como “perfeição da Sua natureza pela qual tudo o que pertence ao Seu ser não tem medida nem quantidade, como Sua absoluta perfeição, Sua imensidade e Sua eternidade”. (Berkhof).
         A Escritura usualmente descreve a eternidade de Deus como duração infindável (Sl 90.2; 102.12; Ef 3.21; etc).  Estritamente falando, Deus transcende o tempo e possui o todo de Sua vida de uma vez. Com Ele há somente um presente eterno, e nenhum passado ou futuro. Em nossa pequenez e finitude só podemos pensar em Deus sob a limitação do tempo e do espaço, onde Ele tem que determinar primeiro e executar depois, prometer ou ameaçar primeiro, e cumprir depois a Sua palavra. Mas, embora haja sucessão lógica nos pensamentos de Deus, não há sucessão cronológica. A eternidade é como um círculo e Deus habita no centro. Ele cada ponto de circunferência da mesma forma, ambos são semelhantes, tanto o passado como o futuro.
Quando dizemos que Deus é eterno afirmamos que quanto a Sua existência nunca teve princípio e nunca terá fim; que, quanto ao modo da Sua existência, Seus pensamentos, propósitos e atos, eles são invariáveis, unos e inseparáveis, sempre os mesmos; e, que Ele é imutável.
         Embora algumas passagens bíblicas pareçam mostrar aparentes mudanças em Deus, (como se Deus se arrependesse – Gn 6.5,6), ocorre o que chamamos de “antropomorfismo”, onde atribuímos características humanas a Deus, para que possamos entendê-lo melhor. Outras vezes, pode parecer que                Deus muda Suas promessas ou deixa de cumpri-las, mas é necessário entender que algumas das promessas de Deus são condicionais (2 Cr 7.14). A própria conversão do homem se enquadra nisso, pois antes de se converter, ele só tinha sobre si ira de Deus, mas depois da conversão, recebe graça e misericórdia.  Nestes casos, não foi Deus quem mudou, mas o homem.
         Como seria se Deus fosse como os seres humanos: um dia acorda bem-humorado e no outro mal-humorado? Como seria se Ele tivesse um temperamento instável como o nosso? Já pensou se ele fosse bipolar? 
          Felizmente, Deus é sempre o mesmo, nada o afeta, nada o faz retroceder. O Deus eterno é imutável.  Por isso podemos estar seguros quanto ao cumprimento de Suas promessas, de Seus planos e de nossa salvação! As circunstâncias ao nosso redor podem mudar, mas o nosso Deus não muda!
          “Confia no Senhor perpetuamente, porque o Senhor Deus é uma rocha eterna” (Is 26.4). O profeta desafia-nos a confiar em Deus não apenas hoje ou amanhã, mas eternamente, porque o Senhor é eterno e, como uma rocha, não muda. Ele é uma fonte eterna de segurança.
Rev. Jonas M. Cunha