“Pelo que tu e todo o teu grupo juntos estais contra o
SENHOR...” Números 16.11a
O capítulo 16 do livro de Números narra um
acontecimento importante e sério na história do povo de Israel, e traz uma
importante lição para nós, hoje.
Este capítulo apresenta duas
histórias que fazem parte de um mesmo contexto. Elas começam com o povo
protestando contra Moisés e Arão, e terminam com um juízo divino punindo os
queixosos e defendendo Arão.
Depois da volta dos espias (não fica claro se
imediatamente), e após a lei acerca das borlas das vestes (Nm 15.37-41), que
servia para lembrar o povo que deveria obedecer a lei do Senhor, e ser santo
(compare com 1 Pedro 2.9).
Coré, descendente de Levi, com um grupo de 250 homens
(líderes eleitos do povo), queixam-se por Moisés e Arão liderarem o povo. Eles
argumentam que, todo o povo é santo, portanto qualquer um podia lidera-lo.
Esquecem-se, porém de tudo o que eles haviam realizado, e de quem os havia
escolhido para aquela função (DEUS). Deixa transparecer que Coré aspirava ao
sacerdócio. Não estava satisfeito o serviço no tabernáculo (v.9 e 10).
Ao aceitar o desafio de realizar a tarefa de um
sacerdote, prontamente ele e seu grupo aceitam (v.5-7), esquecendo-se que os
próprios sacerdotes, filhos de Arão haviam sido consumidos (Lev 10.1-3). Então
posteriormente, Coré e todo o grupo foi consumido pelo fogo enviado pelo Senhor
(v.35).
Paralelamente, Dotã e Abirão, da tribo de Rúben,
rebelam-se não só contra a escolha de Deus para liderança do povo, mas
principalmente, contra o plano de Deus, de conduzir o povo pelo deserto. A rebeldia era tal, que não compareceram
quando Moisés os chamou para conversar, juntamente com Coré (v.12).
Então, para que o povo soubesse, que aquele plano era
de Deus, e não de Moisés, e para que confiassem n’Ele para segui-lo, algo
extraordinário acontece: a terra fendeu-se sob as tendas dos dois rebeldes, e
eles e tudo o que possuíam foram tragados vivos (v.28-33).
A murmuração e a rebelião não agradam a Deus, e mostram
nossa insatisfação e falta de fé n’Aquele que nos criou, nos remiu e nos
sustenta. Em Romanos 13.1-2, lemos que toda autoridade procede de Deus, e quem
se opõem a autoridade resiste à vontade de Deus.
Não devemos ser presunçoso, ou achar que somos mais
sábios que o próprio Deus, mas humilde e confiante na sabedoria, poder e amor
de Deus (Provérbios 3.5-8). Devemos ser fiéis e obedientes aos líderes que Deus
coloca em nossa vida (pais, professores, governantes, líderes espirituais,
etc.), pois assim estaremos demonstrando que somos fiéis e obedientes ao nosso
Senhor.
Rev. Jonas M.
Cunha