terça-feira, 29 de outubro de 2013

Santa Ceia

“Fazei isto em memória de mim”. Lucas 23.19

Definição – “Ceia do Senhor (Santa Ceia ou Eucaristia) é o sacramento no qual, dando-se e recebendo-se pão e vinho, conforme a instituição de Cristo, anuncia-se a sua morte e, aqueles que participam dignamente, não de maneira temporal e carnal, tornam-se participantes do corpo e do sangue, com todas as suas bênçãos, para o seu alimento espiritual e crescimento em graça” (Breve Catecismo, resposta à pergunta 96). Leia 1Co 11.23-26; At 3.21 e 1 Co 10.16.
 Sua Natureza – Assim como a Páscoa representa, no Velho Testamento, a libertação dos judeus do cativeiro egípcio, assim a Santa Ceia, no Novo Testamento, simboliza a nossa libertação do poder do pecado, mediante o sacrifício de Cristo.
Esse sacramento, é, portanto, um símbolo ou memorial da morte redentora de Jesus.  E é como tal que o celebramos, em obediência à ordem de Cristo: “Fazei isto em memória de mim” (Lc 22.19). Repudiamos, por isto, a doutrina da transubstanciação. Onde há memorial, não há presença. É de se notar que também nas Igrejas Reformadas os fiéis participam dos dois elementos da Ceia – o pão e o vinho.
 Preparação e Meio de Graça – A participação da Ceia do Senhor exige preparo prévio e cuidadoso por parte do crente, para que a receba de maneira digna.  Não se pode exagerar a necessidade desse preparo.  Paulo adverte que “qualquer que comer o pão ou beber o cálice indignamente, será culpado do corpo e do sangue do Senhor” (1 Co 11.27). 
Estas palavras, porém não foram escritas para assustar-nos, afastando-nos da participação da Ceia.  Elas nos são dirigidas para tornar-nos conscientes do caráter sagrado do sacramento e da necessidade de buscarmos, na presença de Deus, o perdão e a graça indispensáveis para que dele participemos de maneira própria.  O apóstolo deixa bem claro que era esse o propósito de sua exortação, quando acrescentou: “examine-se, pois, o homem a si mesmo e assim coma do pão e beba do cálice” (I Co 11.28).
A participação da Santa Ceia é um dos mais ricos privilégios da vida do crente que tem, neste sacramento, precioso meio de graça instituído por Cristo para o robustecimento espiritual dos que nele creem.
 Rev. Jonas M. Cunha
(Extraído de Iniciação Doutrinária- Américo Ribeiro)