quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

A LUZ PARA AS TREVAS

“De novo, lhes falava Jesus, dizendo: Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará em trevas...”. João 8.12



O Iluminismo colocou o homem no centro de todas as coisas e empurrou Deus para a lateral. O humanismo idolátrico, com todas as  luzes do seu conhecimento, jogou a humanidade num poço escuro de escravidão e morte. Jesus, porém, é o Sol da justiça que trouxe salvação em suas asas. O mundo jaz em trevas, o diabo é o príncipe das trevas e viver no pecado é andar na escuridão.
 O diabo cegou o entendimento dos incrédulos, por isso, aqueles que são prisioneiros do pecado vivem em densas trevas. Mas Jesus veio ao mundo para desfazer as obras do diabo, libertar os cativos e dar vista aos cegos. Jesus é a luz do mundo e a luz prevalece nas trevas. Onde o evangelho é proclamado, a escuridão do paganismo é vencida. Onde a verdade de Deus prevalece, as cavernas escuras da alma humana são iluminadas. Onde Jesus é anunciado como Salvador, aqueles que vivem encerrados nas masmorras escuras da impiedade são libertos.
 Jesus é a luz que veio ao mundo para iluminar todos os homens. Aqueles que nele creem não andam em trevas. Aqueles que nele confiam sabem para onde vão. Aqueles que nele esperam verão a alva e reinarão com ele eternamente. Só em Jesus há salvação. Só em seu nome há perdão. Só nele há copiosa redenção.
 Rev. Jonas M. Cunha 
Extraído de CADA DIA DE NATAL

sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Produzindo Fruto e Crescendo

“(Palavra da verdade do evangelho) que chegou até vós; como também, em todo o mundo, está produzindo fruto e crescendo, tal acontece entre vós...”. Colossenses 1.6


Ao iniciar o estudo da carta aos Colossenses, é importante dizer que ela é um livro contemporâneo, pois trata de temas contemporâneos relacionados a Cristo, que é o mesmo ontem, hoje e sempre. 1. Cristo é apresentado como o Senhor e Salvador de todo este vasto universo espacial. 2. Ele também é apresentado como o cabeça de todas as coisas, e especialmente o cabeça orgânico do seu próprio corpo, a Igreja. 3. Numa época de avanço unitarista, Colossenses também apresenta Cristo como a Imagem do Deus invisível, a encarnação de toda a plenitude divina. 4. Em meio a um mundo marcado pelo “pragmatismo”, em que o importante não é se “é verdade”, mas se “funciona”, Ele é apresentado como a fonte da vida do crente, a paz e alegria. 5. Numa época de “igualdade de direitos” entre os homens, Cristo PE o recompensador daqueles que se empenham em ser uma benção aos outros, sem levar em conta posições sociais. 6. Os acontecimentos atuais conduzem o pensamento à volta de Cristo, o fim do mundo, e Ele é apresentado como a nossa “esperança e glória”.
A cidade de Colossos, próxima e relacionada às cidade de Hierápolis e Laodicéia, ficava no vale do Lico, região da Frígia, mas no tempo de Paulo era parte da província da Ásia (dentro da atual Turquia na Ásia Menor). Era uma cidade tipicamente pagã, com forte mescla judaica. Embora Paulo possa ter passado por lá, na sua 3ª viagem missionária, viajando da Antioquia da Síria até Éfeso, não há indícios de que ele tenha sido o fundador da igreja. É mais provável que Epafras (Cl 1.7), seja o real fundador das igrejas do vale do Lico.
Foi durante o seu aprisionamento em Roma, capital do Império, que Epafras foi visitá-lo, viajando cerca de 1.500 kms, levando um relatório, de modo geral, favorável (Cl 1.3-8), em que a fé, o amor e a esperança dos crentes daquela cidade eram evidências de que o evangelho que estava frutificando no mundo todo, também estava frutificando ali (Cl 1.6 e 2.5).
Mas através deste relatório, Paulo se inteirou também, com tristeza, de que a igreja ali enfrentava um duplo perigo: o perigo do retorno ao paganismo, com sua forte imoralidade; e, o perigo de se aceitar a heresia que afirmava que Cristo não é o salvador completo.
Assim, o propósito da carta de Paulo é: 1. advertir contra a recaída na sua condição anterior ; 2. atrair a atenção deles para o “Filho do amor de Deus”; 3. realçar entre eles o valor do seu fiel ministro Epafras; 4. enfatizar a virtude do perdão e da bondade.
Temos nós nos alegrado e orado ao ouvir sobre o progresso do Evangelho?  
Rev. Jonas M. Cunha

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

A MISSÃO DO ATALAIA

“Se eu disser ao perverso: Ó perverso, certamente, morrerás; e tu não falares... o seu sangue eu o demandarei de ti”. Ezequiel 33.8


As cidades antigas eram muradas. Sobre as muralhas havia torres e o sentinela ficava dentro da torre. Sua função era manter os olhos bem abertos e os ouvidos atentos para qualquer aproximação do inimigo.
Cabia a ele avisar o povo sobre qualquer ameaça de invasão. Deus usa essa figura e diz que nós somos os seus atalaias. Cabe a nós avisar os pecadores acerca do grande perigo que correm. Cabe anos alertá-los da urgente necessidade de arrependimento.
 É nosso dever exortá-los a se reconciliar com Deus e a buscarem a Deus enquanto ele está perto. Se nos omitirmos, se nos acovardarmos, se calarmos a nossa voz e o perverso não for avisado acercado perigo que corre a sua alma, ele morrerá na sua impiedade, mas Deus requererá de nossas mãos o seu sangue.
 Sonegar aos pecadores a única mensagem que pode lhes oferecer esperança e abrir-lhes o caminho da vida eterna é um grave pecado.
 O atalaia precisa tocar a trombeta e avisar os pecadores que eles precisam se preparar para encontrar com o Senhor. Dar o som incerto e substituir o evangelho por outra mensagem é uma traição impiedosa.
 Cabe ao atalaia ser fiel. Cabe ao atalaia ter senso de urgência. Cabe ao atalaia erguer sua voz e anunciar que a salvação pertence a Deus e, que só por meio de Cristo, os pecadores podem se reconciliar com Deus.     
Rev. Jonas M. Cunha
Extraído do CADA DIA

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Os Dois Fundamentos

“Todo aquele, pois, que ouve estas minhas palavras e as pratica será comparado a um homem que edificou a sua casa sobre a rocha”.  Mateus 7.24


Chegamos à conclusão do Sermão do Monte. Tudo o que foi dito antes tem ligação, e é a base deste fechamento: “aquele que ouve estas minhas palavras”.
Após falar de 2 caminhos, 2 portas, 2 árvores e, 2 frutos, agora, O Senhor fala sobre 2 construtores e 2 fundamentos. Tudo o que se constrói depende do fundamento: Valores sobre os quais se constitui uma grande empresa, conhecimento e treino de uma equipe esportiva, e é claro uma casa.  Como sempre Jesus fala de coisas que faziam parte da experiência de seus ouvintes.
Todos os homens são construtores, mas nem todos os construtores são iguais. Há construtores que são sábios e há os que são insensatos. Outro contraste usado por Jesus, e que distingui o construtor sábio do insensato é o modo como se constrói, o que vai levar a resultados também distintos.
O “sábio” (prudente), constrói sobre a rocha. Um fundamento firme, que dá mais trabalho, exige mais esforço e tempo, porém resulta em uma construção mais segura, firme, resistente. Este fundamento (rocha), é “estas minhas palavras”, ou seja, todo o Sermão do Monte, e por extensão, todas as Palavras de Jesus. Como o que Ele fala e faz revela quem Ele é, então o alicerce é Ele mesmo. Deus é a rocha dos crentes (Sal 18.2), isto também se aplica a Jesus.
Jesus destaca o aspecto prático disto: não basta só conhecer, é preciso praticar: “Todo aquele que ouve... e as pratica” (v. 24), e, “Nem todo o que me diz ‘Senhor, Senhor’, mas aquele que prática” (v.21). Em outra parte Jesus vai dizer: “Se me amais, guardareis os meus mandamentos” (Jo 14.15).
É claro que para praticar, precisamos conhecer, daí somos desafiados a meditar continuamente na Palavra, a orar, a confiar, e obedecer.
O dia da prova (a tempestade), chega para ambos os construtores, de várias formas: tribulação, tentação, morte, o dia do juízo. Não pode ser evitado!
Aquele que ouve a palavra de Jesus e não a pratica é como um construtor insensato, que constrói a sua vida sobre os alicerces humanos do dinheiro, da cultura, dos títulos, da fama, da popularidade, do prazer, os quais, como areia, não resistem à ação demolidora do juízo final.
Vale observar que, o anúncio do trágico fim dos incrédulos é uma manifestação da misericórdia de Cristo, um sério convite implícito ao arrependimento.
          Em que consiste o alicerce da sua vida? Reserve um tempo diário para ler a Palavra de Deus, orar, meditar, e, então, pô-la em prática. Nisto consiste a essência da vida cristão.
Rev. Jonas M. Cunha

Os Frutos

“Assim, pois, pelos seus frutos os conhecereis’’.  Mateus 7.20



Depois de falar das duas portas e dos dois caminhos, Jesus fala, agora, das duas árvores e seus frutos. Andar pelo caminho estreiro (da renúncia) não significa que o cristão agora pode se despreocupar.
 “Acautelai-vos”, diz Jesus no verso 15, deste trecho que vai de 15 a 23. “Mantenham suas mentes fora de...”, no original. Os falsos profetas são doutores da mentira, que seduzem o povo com falsas aparências de piedade, enquanto, no íntimo, buscam fins interesseiros.
            A mensagem do falso profeta poder ser atraente e mesmo parecer ortodoxa. É bem provável que os escribas e fariseus estivessem incluídos entre aqueles em quem Jesus estava pensando, mas a descrição também se encaixa bem em outros. O único modo de saber com segurança é deixar o tempo mostrar seus frutos. Alguns frutos dos falsos profetas são mencionados no NT: controvérsias (1 Tm 1.3), divisões (1 Tm 6.3-4), destruição da fé (2Tm 2.18), e autodestruição pela heresia (2 Pe 2.1). Sua mensagem influencia, leva a extraviar os filhos de Deus. Jeremias já alertava quanto aos falsos profetas – “Não deis ouvidos...” Jr 23.16.
 “Senhor, senhor” (v. 21) – A repetição do nome era um tratamento de intimidade (Gn 22.11, 1 Sm 3.10, Lc 22.31). O importante não é alegar ou sentir intimidade com Jesus, nem é simplesmente fazer boas obras, mesmo miraculosas; só o que importa é fazer a vontade do Pai. Genuína intimidade com o Pai significa conhecer a Deus e ser conhecido por Ele. E implica em refletir este conhecimento em nossas ações, fazendo o que Ele gosta e não fazendo o que Ele não gosta (Não mentir; usar de misericórdia, etc...). O senhor deve ser obedecido pelos seus servos!
 “Naquele dia” (v.22) – referência óbvia ao grande dia do juízo final. “Em teu nome fizemos” – O próprio Judas, foi apóstolo, pregou e fez milagres, mas não vivia o que pregava. Não basta conhecer só na mente, mas também no coração. (Is 29.13).
            Em primeiro lugar vem a obediência à vontade de Deus, depois o sacrificar – 1 Sm 15.22..
A igreja de Jesus Cristo, em todos os tempos, deve manter-se em guarda contra os que distorcem a Palavra de Deus!
 Rev. Jonas M. Cunha

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Alcançando os Perdidos

“Vós sois o sal da terra... Vós sois a luz do mundo...’’. Mateus 5.13, 14


Na conhecida passagem do Sermão do Monte, Jesus afirmar que somos “sal” e “luz”, mostrando a função e o efeito da nossa atuação no mundo. Preservar da corrupção e dar sentido da vida, o que não dá para esconder (é perceptível) e é útil (traz bom resultado).
 Temos de nos misturar com as pessoas, como sal na comida, pois nossa sociedade se corrompe, e temos que iluminar , pois há muitos perdidos, que estão nas trevas. Para tanto, a igreja precisa sair das quatro paredes. A igreja somos nós (eu e você), e não o templo. E nos foi dada a missão de ir e alcançar os perdidos, levar-lhes o Evangelho (Boas Novas).
            É Jesus quem faz a obra da conversão, através do Espírito Santos, a nós cabe apenas levar a Palavra. Vamos penetrar no território inimigo e vamos resgatar vidas para o Seu reino, e as portas do inferno não irão resistir (Mt 16.18).
 Há muitas pessoas perdidas. As pessoas não querem saber de Deus, nem os crentes querem saber de igreja. As estatísticas mostram um aumento no número de “crentes desigrejados”. Vivemos num mundo de pluralismo e relativismo. O que é verdade para você, não é verdade para o outro...
 A geração atual de jovens (de cultural secularizada global) se constitui de pessoas com muita informação, mas estão vazios e sem esperança. Alimentam uma falsa idéia de quem é Jesus e estão buscando por significado e propósito, mas dificilmente procurarão a igreja para encontrar respostas.
 Eles representam um grande campo missionário. Mas, quantas igrejas estão trabalhando para evangelizar os jovens universitários? Precisamos alcançar a nova geração, conforme o modelo apresentado em Salmo 78.3-7. Igrejas estão morrendo (principalmente na Europa), porque não fizeram discípulos na nova geração.
           Como alcançá-los? Precisamos ir até eles. Precisamos falar a linguagem deles. Precisamos nos aproximar deles para que ouçam a mensagem. Jesus vivia no meio de povo, ia a festas de casamento, enterros, freqüentava lugares públicos, conversava com pescadores, agricultores, etc, sempre com uma linguagem contextualizada
Nós precisamos mais do que entregar um recado, precisamos fazer discípulos – seguidores de Jesus. Precisamos andar com Jesus, e convidar as pessoas para andar também. (Mateus 28.18-20).
 Rev. Jonas M. Cunha

terça-feira, 28 de outubro de 2014

Escolhendo a boa parte

“Entretanto, pouco é necessário ou mesmo uma só coisa; Maria, pois, escolheu a boa parte, e esta não lhe será tirada’’. Lucas 10.42



Marta e Maria eram irmãs e amigas de Jesus. Certa vez, Marta hospedou Jesus em sua casa, na cidade de Betânia, que era próxima de Jerusalém.
É bem provável que ela tenha hospedado além de Jesus os seus doze discípulos. Ela realmente tinha o dom da hospitalidade, uma qualidade tão importante que devemos resgatá-la em nossos dias (Leia 1Pe 4.9).
Hospedar tanta gente não é fácil, devia ter muito trabalho a fazer, mas talvez ela tenha exagerado! Ela tinha um plano perfeito para que seus convidados se sentissem bem mas isso começou a deixa-la muito irritada porque sua irmã não a ajudava levando-a a ordenar que Jesus a mandasse Maria ajuda-la pois na visão de Marta sua irmã estava ociosa!
Marta sabia que seu amigo Jesus é o Filho de Deus, (Jo 11.25-27). Apesar disso parece que ela se esqueceu que o próprio Messias estava em sua “sala de estar”, pois na passagem diz que ela estava “ocupada em muitos serviços”.
Maria entendeu o momento ímpar que viviam e o texto diz que ela “quedava-se” (permanecia) assentada aos pés de Jesus ao ouvir-lhe os ensinamentos!
O que aconteceu com Marta também ocorre conosco. O mundo que vivemos é tão agitado que corremos de um lado para o outro esquecendo-nos de que Jesus está presente em nossas vidas!
Talvez muito do que fazemos que nos deixam “super-ocupados” seja por um ativismo (dentro ou fora da igreja) guiado por vaidade e orgulho, pela motivação errada, temos que tomar muito cuidado com isso! Fazer a obra de Deus sem o Deus da obra! Como se a questão toda fosse o serviço de hospedagem cinco estrelas que podemos oferecer a Jesus mas Ele não quer ser um hóspede em nossas vidas mas sim fazer morada em nós, que vivamos por Ele e para Ele, obedecendo os seus mandamentos!
Muitos de nós deixamos de fazer a única coisa necessária que é entregar todo nosso ser a Jesus Cristo, sem migalhas de nosso tempo mas ter intimidade com Ele através de uma vida de oração e ouvi-lo através da Sua Palavra. Deixamos o que é secundário nos escravizar e o essencial acaba ficando de lado!
A passagem não ensina que a vida cristã deve ser algo contemplativo pois todos temos responsabilidades e deveres a cumprir em todos os aspectos de nossa vida: no trabalho, na família, na igreja etc. O grande problema é que esquecemos daquilo que é prioritário: as primeiras coisas nos primeiros lugares!
Marta não foi uma vilã. Jesus a repreendeu com amor para alertá-la e faz isso conosco hoje. Vamos nos assentar aos pés de Jesus e ouvir a voz do Bom Pastor!
Essa é a boa parte que não nos será tirada, que Deus nos abençoe!
 Presb. Ronaldo Lima Cunha

O Caminho Apertado

“Porque estreita é a porta, e apertado, o caminho que conduz para a vida...”  Mateus 7.14a




Na minha infância, quando ia na casa de meu tio avô, me impressionava o quadro sobre “Os dois caminhos”. Eu acha que tinha a função de exortar seus filhos (e visitantes) quanto ao destino que teriam.
O “fazer aos homens o que quereis que vos façam”, do verso anterior do mesmo capítulo de Mateus, é o ideal alto apresentado ao discípulo; e se há de praticá-lo, deve estar preparado para percorrer o estreito caminho da entrega pessoal e da renúncia de si mesmo, caminho tão notavelmente palmilhado por Jesus mesmo.
A passagem (Mateus 7. 13 e 14) fala de: a) duas portas e dois caminhos; b) dois tipos de transeuntes; c) dois destinos.
                A porta vem antes, depois, o caminho.  Jesus não está pensando na morte, e, sim, na escolha que se há de fazer agora mesmo, nesta vida, e nos exorta a escolher, visto que somente através de uma escolha consciente alguém pode chegar ao caminho certo.
O significado pretendido, provavel é: uma escolha inicial correta (conversão) seguida pela santificação; ou uma escolha inicial incorreta seguida por um endurecimento gradual.
“Porta Estreita” – para entrar a pessoa precisa desfazer-se de muitas coisas, por exemplo, o desejo ardente de possuir bens terrenos, o espírito que não consegue perdoar, o egoísmo e, especialmente, a justiça própria. Por outro lado, a “porta larga” permite entrar com a bolsa e toda a bagagem. A velha natureza pecaminosa pode passar facilmente por ela. A “porta”, pois, aponta para a escolha que uma pessoa faz nesta presente vida, seja uma escolha boa ou má.
O “caminho” ao qual a porta estreita dá acesso é “apertado”,é muito restrito. A vereda pela qual o crente está viajando se assemelha a uma passagem difícil entre dois penhascos. Ela se acha cercada de ambos os lados - o que ainda permanece da velha natureza se revela contra a idéia de deixar de lado as más propensões e os maus hábitos de outrora. Esta velha natureza não é totalmente destruída até o momento da morte. Mas a vitória total já está garantida, a escolha consciente já foi feita. A conversão básica deu lugar a conversão diária (tome sua cruz e siga-me) = à santificação. O contratse é claro entre o “caminho de vida” e o “caminho de morte”.
Os dois tipos de transeuntes – Aqueles que escolhem a porta larga e o caminho espaçoso são chamados de “muitos”; os que escolhem a porta estreita e viajam pelo caminho apertado são chamados de “poucos” Em Mt 22.14, fala sobre “poucos” escolhidos, porém, Ap. 7.9, aponta para uma multidão inumerável.
Os dois destinos – Os que entram pela porta larga e agora trilham o caminho espaçoso estão indo rumo a destruição. Ao contrário, o “caminho da cruz leva ao lar”.
Se você já fez a escolha certa, não desanime, pois vale à pena andar pelo caminho apertado! (2 Co 4.17).                            
Rev. Jonas M. Cunha

sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Desejar o Bem

“Tudo quanto, pois, quereis que os homens vos façam, assim fazei-o vós também a eles...”  Mateus 7.12a


Como agir em relação ao próximo (quando não dá tempo de pedir conselho a alguém ou consultar um livro)? É a Lei Áurea que deve ser aplicada (como regra geral)!
Frequentemente chamada de a “Regra Áurea”, este princípio foi afirmado por vários pensadores antigos. Ela é comparável a outras regras fora do Cristianismo, como aquela enunciada por Confúcio: “Não faças nada ao teu próximo que em seguida não queiras que teu próximo faça a ti”.
Porém, Jesus apresenta o princípio na forma positiva, pró-ativa, esperando que o agir de Seus discípulos seja motivador, desencadeador de bons resultados e não motivado pelo receio de más conseqüências.
“Fazei-o vós” – Embora aja alguma semelhança, a regra áurea do cristianismo apresenta diferenças importantes:
1) Enquanto na regra deles, o homem é capaz de cumpri-la através de suas próprias forças, a Escritura diz que sem a operação do Espírito Santo é impossível;
2) Na deles há a tendência de separar a regra de amor ao homem do mandamento de amor a Deus. Mas o amor ao próximo é extensão do amar a Deus. Só posso amar e fazer o bem aos outros porque amo a Deus e porque sou amado por Ele. Ele á fonte do meu amor e do poder para amar ao próximo;
3) Na regra de Jesus, o foco não está na recompensa, não se trata de utilitarismo. Mais do que agir pensando ou calculando os resultados, o agir do crente é uma manifestação do que há no seu coração: ele ama e trata bem não para que possa receber de volta o benefício feito, mas pelo fato de ter sido amado por Deus e ter se tornado Seu filho e ter a mesma natureza (1 João 3.8, 11).
“Porque esta é a lei e os profetas” – isto é, o resumo da lei d dos profetas, ou seja, do Antigo Testamento (a Bíblia deles naquela época) = Amor (Mateus 27.36-40).
“Pois” (= portanto), no início do v. 12, não somente liga a presente passagem com toda a vida introduzida por Mt 5.17 (pois através da obra de Cristo nos corações humanos “a lei e os profetas” alcançam o cumprimento), mas, também, faz estreita conexão com os versículos imediatamente precedentes (Mt 7.9-11): Se o Pai celeste é bondoso e dá coisas boas, o que esperar de Seus filhos?
É isto que nos impulsiona a evangelizar. Se você tiver amor vai evangelizar. Para quantos você testemunhou do amor de Deus este ano?
Rev. Jonas M. Cunha

sábado, 11 de outubro de 2014

OBEDECER

“Transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar 
e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.”  Rom 12.2 B



Saul ligou o seu “achômetro” e fez o que lhe parecia bom, contrariando a ordem expressa de Deus. Ele fez isso reiteradamente, sendo o texto bíblico de hoje a narrativa de uma dessas ocasiões (1 Samuel 15.1-11).
 Este conflito entre a vontade divina e a humana não é recente. Aliás, a raiz do episódio da desobediência do homem no Jardim do Éden não é outra coisa senão o nosso velho conhecido “Deus-diz-assim-mas-eu-acho-que...”
 Confesso que o versículo em destaque sempre me incomodou, pois mais frequentemente do que seria aceitável minha vontade me parecia muito mais agradável do que aquilo que Deus quer e deixou registrado em Sua Palavra. Meu coração gritava lá no fundo: Agradável para quem? Perfeita para quem? Tentei diversas acomodações e racionalizações, até entender que a única forma de não apenas saber e/ou crer que a vontade de Deus é boa, agradável e perfeita, mas experimentá-la (isto é, sentir isso e ver seu resultado), seria tendo a mente transformada por Deus.
 É preciso mudar minha mente arrogante, que pensar saber melhor que Deus o que é bom; egocêntrica, pois pensa que todas as coisas têm de visar o meu bem-estar pessoal e instantâneo, além de incrédula, que se esquece constantemente de quem é Deus. Minha mente precisa expandir-se para entender o caráter divino e aprender a confiar no Senhor, pois afinal estamos falando daquele que tudo sabe e pode, absoluto em todas as suas perfeições, que é bom e sabe amar.
 Em sua teimosia, Saul deixou de obedecer porque achou que sua vontade era melhor que a divina. Provavelmente nem  se deu conta do que estava fazendo. É preciso um constante submeter-se dia após dia, até que confiar e obedecer se tornem hábitos, para então aprender a degustar a vontade de Deus.
 “Obedecer a Deus é Sempre a melhor opcão .”Extraído de Pão Diário 
Rev. Jonas M. Cunha

domingo, 5 de outubro de 2014

Incentivo à Oração

“Pedi, e dar-se-vos-á; buscai e achareis; batei, e abrir-se-vos-a´.”  Mateus 7.7



Jesus, nesta parte do Sermão do Monte, nos estimula à vida de oração. O maior incentivo é saber que seremos atendidos. Isto ele deixa bem claro.
 Vale, porém, observar, que a resposta nem sempre é do jeito que queremos, nem na hora que queremos, e nem mesmo Ele garante que receberemos o que queremos, mas Deus vai nos responder, e podemos descansar que Ele vai responder da melhor maneira, porque Deus é bom e tudo que ele faz e dá é bom: “Toda boa dádiva e todo dom perfeito são lá do alto, descendo do Pai das luzes...” (Tiago 1.17a).
 Aliás, isto fica muito claro na comparação que ele faz entre o pai terreno e o Pai celeste: “Ora, se vós, que sois maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais vosso Pai, que está nos céus, dará boas cousas aos que lhe pedirem?” (Mateus 7.11).
 Jesus diz que “todo o que pede recebe”. O que Jesus quer evidenciar é que, o que falta para o filho receber algo do Pai é pedir. Se você é filho, basta pedir ao Pai e Ele vai dar “boas cousas aos que lhe pedirem”.
 Deus é soberano, Ele já tem um plano traçado e Ele já sabe de tudo o que pensamos em pedir, então, porque orar, então? Porque o mesmo Deus que fez o plano, que estabeleceu os objetivos, também determinou os meios para que eles sejam alcançados, e Ele soberanamente resolveu que Seus planos se cumprissem em respostas às nossas orações. Ele quer que sejamos participantes de seus planos.
 Que grande privilégio é orar e participar do plano de Deus para a humanidade! Que falha terrível é negligenciar este dever! Não se engane, pensando que você não vem orar na igreja, mas ora em casa. É bem verdade que podemos e devemos orar em casa (“Tu, porém, quando orares, entra no teu quarto e, fechada a porta, orarás a teu Pai, que está em secreto...” Mt 6.6a), mas se já é tão difícil orar com os irmãos na igreja, é muito mais difícil orar na hora da novela, ou com a internet ligada, ou quando há tanto trabalho em casa, ou tanto a ser estudado.
 “Até agora nada tendes pedido em meu nome; pedi e recebereis, para que a vossa alegria seja completa.” João 16.24
Rev. Jonas M. Cunha

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Julgamento e Discriminação

“Não julgueis, para que não sejais julgados.”

 Mateus 7.1


“Não julgueis” – a forma da proibição deixa claro que é o habito de fazer crítica ferina e dura que Jesus está condenando, não o exercício da faculdade crítica, pela qual os homens podem fazer (e espera-se que façam), em ocasiões específicas, juízos de valor e façam escolhas.
 Além de fazer mal a que a recebe, a crítica ferina também incrementa a justiça própria, e convida outros a se vingarem, permitindo-se em igual medida o mesmo tipi de implicante caça a defeitos.
 Essa inclinação de descobrir e condenar severamente (e prontamente) as faltas dos outros, enquanto se faz vista grossa em relação às próprias falhas, era comum entre os judeus, especialmente entre os fariseus e é comum sempre e em todo lugar. Ex: Davi – 2 Sm 12.1-7.
 “Para que não sejais julgados” – a pessoa que se justifica aos seus próprios olhos, que tem por costume descobrir faltas nos outros, deve lembrar que ela mesma pode esperar ser também condenada, não só da parte dos homens, mas também da parte de Deus.
 Para enfatizar isto, Jesus usa as palavras do verso 2, querendo dizer que o padrão, o critério aplicado aos outros será aplicado a si próprio. Se o julgamento for sem misericórdia, então também serão julgados sem misericórdia.
 “Verás claramente para tirar o argueiro do olho de teu irmão”. Aqui, fica claro que o propósito de Cristo não era desestimular a disciplina mútua. Ao contrário – tanto a disciplina mútua, como a autodisciplina são estimuladas.
 No verso 6, Ele vai deixar claro que a paciência de Deus como os hipócritas não é infinita.  Tudo quanto está em especial relação com Deus, e consequentemente é muito precioso, deveria ser tratado com reverência, e não ser confiado àqueles que, em razão de sua natureza completamente ímpia e desprezível, pode ser comparados a cães e porcos: a proclamação do Evangelho, os ofícios da igreja sem a devida qualificação, ou a ceia do Senhor àqueles que não foram batizados.
Rev. Jonas M. Cunha

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Ansiedade/Cuidado de Deus

“Por isso, vos digo: não andeis ansiosos pela vossa vida...”  Mateus 6.25a



No trecho final de Mateus, capítulo 6, do verso 25 a 34, Jesus diz que não devemos nos preocupar. Então, temos três coisas sobre esta ordem: ”Não vos preocupeis...”
 1) Com o que?
Com as coisas necessárias a nossa sobrevivência (alimentação, vestuário).
2) Por quê?
Porque o valor do ser humano para Deus é muito maior do que o das aves do céu ou das plantas do campo. Também, porque a preocupação não ajuda a aumentar o tempo de vida, pelo contrário. Outra razão é que se a vida e o corpo são mais valiosos que o alimento e as vestes. Aquele que nos deu o que é mais importante, não pode dar também aquilo que é menos importante = vida e corpo – alimento e veste?  E por fim, isto é uma característica dos gentios (que não conhecem o amor e o cuidado de Deus). E principalmente, porque nosso Pai celeste sabe o do que temos necessidade.
3) O que fazer, então?
Em vez de andarmos ansiosos por estas coisas, devemos buscar em primeiro lugar a Deus e a Sua justiça. Trata-se portanto, de uma questão de prioridade. E como resultado ou consequencia, “Todas estas coisas nos serão acrescentadas”. Portanto, não se preocupe com o que pode acontecer amanhã, basta a cada dia o que ele já tem de mal. Então, Jesus não está censurando a solícita provisão para o futuro. Ao invés disto, Ele ordena aos Seus discípulos que se abstenham de aborrecer-se indevidamente acerca do que o amanhã trará.
 Mas Jesus não condena apenas a ansiedade por ela ser inútil, mas também porque é sinal de incredulidade, e sintoma de que não se põe em primeiro lugar as coisas primeiras. Colocar alimentação e vestuário como o que é supremo é característica dos ímpios. A preocupação é incoerente com a prioridade. Ela revela dúvida e desconfiança a respeito da soberania e bondade de Deus, e nos desvia dos verdadeiros objetivos da vida.
 Orígenes disse: Pedi as grande coisas, e as pequenas coisas vos serão acrescentadas; pedi as coisas celestiais, e as terrenas vos serão dadas também.
Rev. Jonas M. Cunha

sábado, 13 de setembro de 2014

Tesouros no Céu

“Mas ajuntai para vós outros tesouros no céu...” Mateus 6.20


Devemos acumular tesouros, não sobre a terra, mas ajuntá-los no céu, porque “onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração”.
 Trata-se de armazenar para si mesmo valores materiais além do necessário.  Estes, por sua vez, vem a dominar seu próprio dono, e a deixar desamparados os necessitados.
 Os tesouros terrenos são vulneráveis em razão de deteriorização e desfalque. Os tesouros no céu são completamente diferentes. Aquelas bênçãos que nos foram reservadas no céu, mas que já desfrutamos de seu sabor mesmo aqui: nossa posição com Deus, como pessoas completamente perdoadas; as orações respondidas; o amor de Pai; as bênçãos das bem-aventuranças...
 Isto não significa que seja errado fazer provisão para o futuro; comércio , indústria, etc...; ou ser rico. Apesar disto, acumular riquezas é um hábito cheio de perigos espirituais. O dinheiro é uma benção como meio, não como fim (para impedir que a família seja um fardo pesado para outros; para socorrer aqueles que estão em aperto; para estimular a obra do evangelho em nossa pátria e no estrangeiro...).
 Se o verdadeiro tesouro de uma pessoa, seu propósito principal é algo que pertença a esta terra (aquisição de dinheiro, fama, prestígio, poder), então, o seu coração será completamente absorvido por esse objetivo mundano. Todas as suas atividades, mesmo a de caráter religioso, estarão submissas a este propósito.
 Por outro lado, se movido por sincera e humilde gratidão a Deus, fez do reino de Deus o seu tesouro, o reconhecimento deleitoso da soberania de Deus em sua própria vida e em cada esfera da mesma, então ali também estará o seu coração.
 O coração não pode estar em ambos os lugares ao mesmo tempo. Uma proposição exclui a outra.
Rev. Jonas M. Cunha

sexta-feira, 5 de setembro de 2014

O Drama do Legalismo

“Atam fardos pesados e difíceis de carregar e os põem sobre os ombros dos homens.” Mateus 23.4



O legalismo é um caldo mortífero que adoece e neurotiza a família e a igreja em nome da verdade. Os legalistas coam mosquito e engolem camelo. Brigam por aquilo que é secundário e transigem com aquilo que é essencial. Em nome do zelo espiritual ferem pessoas, perturbam a paz e quebram os vínculos da comunhão. Os legalistas agem como os fariseus que acusavam Jesus de pecado por curar no dia de sábado, mas não viam seus próprios pecados quando tramavam a morte de Jesus no sábado.
 Os legalistas são aqueles que reputam a sua interpretação das Escrituras como infalível e atacam como os escorpiões do deserto aqueles que discordam da sua visão extremada, chamando-os de hereges. O legalismo é fruto do orgulho e desemboca na intolerância. Em nome da verdade, sacrifica a própria verdade e insurge-se contra o amor. O legalismo é reducionista, pois repudia todos que não olham para a vida pelas suas lentes embaçadas. O legalismo professa uma ortodoxia morta; uma ortodoxia sem amor e sem compaixão. Acautelemo-nos desse caldo mortífero.
 Senhor Deus, ensina-me a seguir a verdade em amor. Verdade e amor não podem existir separadamente. Concede-me, pois, uma mente regida pela verdade e um coração cheio de amor. Em Cristo.
Rev. Jonas M. Cunha
Extraído de Cada Dia

segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Como fazer a Obra Missionária

“Disse-lhes, pois, Jesus outra vez: Paz seja convosco! Assim como o Pai me enviou, eu também vos envio.”
João 20.21


Deus é missionário. Enviou seu único Filho da glória excelsa para este mundo tenebroso para nos salvar. Enviou-o não para nascer num berço de ouro, mas um berço de palha. Enviou-o não para o palácio, mas para a estrebaria. Enviou-o não para ser aplaudido pelos homens, mas para morrer pelos pecadores. Enviou-o não para viver acima de nós, mas para fazer-se carne e habitar entre nós. Jesus esvaziou-se a si mesmo. Mesmo sendo Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus.
 Sendo o Rei dos reis e o Senhor dos senhores, fez-se servo. Sendo o autor da vida, suportou a morte e morte de cruz. Agora, depois de vencer a morte, Jesus comissiona os seus discípulos. Dá-lhes não apenas a ordem, mas também a estratégia. “Assim como o Pai me enviou, eu também vos envio”. A igreja não pode cumprir sua tarefa evangelizadora sem se inserir: a igreja não é tirada do mundo; é a luz do mundo.
 Exatamente no instante em que ela se infiltra como sal é que brilha como a luz. Assim como Jesus andou entre os homens, curando os enfermos, libertando os cativos e pregando-lhes o evangelho, nós devemos viver no mundo, sendo resposta para o mundo, proclamando, no mundo, o evangelho da salvação.
 A agenda missionária da igreja só pode ser eficazmente cumprida se nós seguirmos as pegadas de Jesus!
Rev. Jonas M. Cunha
Extraído de Cada Dia

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

A Oração e a Obra Missionária

“Ele, porém, se retirava para lugares solitários e orava.”

Lucas 5.16


O evangelista Lucas registra de forma vívida a intensa vida de oração de Jesus. Lucas faz isso com maior destaque porque seu foco é apresentar Jesus como o homem perfeito. E, como tal, foi um homem de oração.
Jesus orou nos momentos mais decisivos de sua vida. Orou em seu batismo. Orou no deserto da tentação. Orou para escolher seus apóstolos. Orou quando as multidões buscavam-no apenas em busca deum milagre. Orou no monte da transfiguração e também orou no jardim do Getsêmani.
Jesus orou na cruz e agora ora no céu. Seu compromisso com a oração ensina que Deus vem antes de sua obra. Quando as multidões afluíam para o ouvir e serem curadas de suas enfermidades, Jesus se retirava e orava.
Para Jesus a intimidade com o Pai, por intermédio da oração, era o mais importante do que o ministério. Sem oração não há poder, nem avanço missionário. Sem oração a igreja perde o foco.
Ao longo dos séculos, a obra missionária avançou quando a igreja se prostrou para orar. Os missionários que foram poderosamente usados nas mãos de Deus foram aqueles que mais se entregaram à oração.
Sem oração a pregação gera morte e não vida. Sem oração falta óleo na mensagem e sermão sem unção endurece os corações.
 Antes de a igreja ir até aos confins da terra, ela precisa restaurar o altar da oração.
Rev. Jonas M. Cunha
Extraído de Cada Dia

sábado, 16 de agosto de 2014

Prática da Justiça

“Guardai-vos de exercer a vossa justiça diante dos homens, com o fim de serdes vistos por eles...”

Mateus 6.1


“Hipócrita”: ator, aquele que finge ser alguém.
No texto de Mateus 6.1-17, Jesus condena a “religiosidade” externa.
Primeiramente é preciso deixar claro que devemos exercer nossa “justiça” diante dos homens. Deus não quer que vivamos isolados do mundo, pelo contrário (Mt 5.13-16). Jesus não está condenando esmolas, oração e jejum. O que está errado não é o ato em si, mas a motivação. Jesus adverte que quem agir assim não terá galardão (recompensa da parte de Deus). Humildade e não orgulho é a base da comunhão com Deus.
Dito isto, o Senhor dá 3 exemplos, situações de como praticar isto: 1º) “Quando deres esmola” (v.2) – em vez de ficar se gabando, deve-se ser discreto.
2º) “Quando orardes” (v.5) – não se destacar no meio de outras pessoas, para chamar atenção para si, mas ir para um lugar isolado, particular. Ele também diz para não ficar repetindo os pedidos, pensando que vai ser atendido se insistir. Deus já de nossas necessidades. Então, Ele dá um modelo de oração (sem repetições, mas com humildade e submissão).
3º) “Quando jejuardes” (v.16) – em vez de fazer cara de quem está jejuando, deve se lavar para que outros não percebam que você está jejuando.
Em terceiro lugar, vemos as consequências ou resultados de cada proceder, de acordo com sua motivação: a) Os que querem aparecer e chamar a atenção das pessoas: “já receberam a sua recompensa”- v. 2, 5 e 16. Já receberam o “aplauso” dos homens, por isto, não vão receber nada de Deus; b) Os que estão interessados em agradar a Deus: “o Pai, que vê em secreto, te recompensará”- v. 4, 6 e18. Estes vão receber o galardão (recompensa) de Deus (v.1).
A lição para nós é que Deus observa não só o que fazemos, a nossa ação (o exterior), mas também observa a nossa motivação, a intenção, (o interior). Ele vê o nosso coração e sabe quem de fato estamos querendo agradar, se a Ele, ou se a nós mesmos.
Você tem vivido para agradar a Deus, ou tem praticado atos apenas para ser elogiado e aplaudido pelos outros?
José no Egito se preocupou apenas em ser aprovado por Deus. Paulo diz que tudo o que fazemos (ou deixamos de fazer), deve ser para glorificar a Deus. E em Romanos 12.1-2, diz que o nosso viver deve ser um culto constante a Deus.
Rev. Jonas M. Cunha

sábado, 9 de agosto de 2014

Amando os Inimigos

“Eu. Porém, vos digo: amai os vossos inimigos...”
Mateus 5.44



Na conclusão do capítulo 5 de Mateus, Jesus diz algo surpreendente: “sejam perfeitos, como o vosso Pai celeste é perfeito” (v.48). Como ser perfeito, se sou pecador, mal e imperfeito? Faço coisas más, ou que não deveria fazer (ex.: gula); falo coisas que não deveria falar (palavrões, mentiras, falar mau de alguém; vejo coisas que não deveria ver (na tv, e internet); tenho atitudes que não deveria (calar diante da injustiça); sentimentos e desejos (desejar o mau para alguém); pensamentos (julgamentos precipitados).
Minha natureza decaída não permite que eu passe um dia sem pecar. Como Jesus espera que eu seja perfeito? E, não apenas perfeito como  Noé, Davi ou Paulo, mas como o Pai celeste!
Sim, estamos num processo de santificação e somos estimulados na Palavra de Deus a nos desenvolver, progredir, crescer espiritualmente  - “... desenvolvei a vossa salvação com temor e tremor” (Fp 2.12b). Confira também: 2 Pe 3.18; 1Pe 2.2; Ef 4.24. Mas sabemos que só na glorificação seremos livres da presença do pecado e atingiremos a perfeição e santidade completas (Rm 8.30).
 Ao que, então, Jesus está se referindo? Não a sermos sem pecado, mas, sim, “maduros e completos na semelhança a Deus” (Bíblia Anotada). Ele aponta para a absoluta perfeição do amor de Deus como alvo do crente (Bíblia Vida Nova). O padrão que Deus exige de seu povo é Seu próprio caráter perfeito. A perfeição de Deus inclui o amor da graça benevolente. Mesmo que essa perfeição não seja atingida nesta vida, ela é o objetivo daqueles que se tornam filhos do Pai (Bíblia de Genebra).
Jesus contrata o “amor” com o “ódio” (v.43). O A.T. não diz que devemos odiar o nosso inimigo. Isto era a falsa conclusão derivada do ensino dos escribas, inferido da estreita compreensão daquilo que significava “próximo”, que para eles era simplesmente um outro judeu. Jesus mostra que a verdadeira intenção de Lv 19.18 é incluir até os inimigos (Lc 10.29-37). O nosso padrão (modelo) é o amor de Deus “que faz nascer o seu sol sobre maus e bons e vir chuvas sobre os justos e injustos” (v.45). Ele ama a todos e faz o bem a todos, e caso não hajamos da mesma forma, seremos parecidos com os publicanos e gentios, e não como o Pai celeste (v. 46 e 47).
A Bíblia de Jerusalém traduz “para que vos torneis”, diferentemente: “desse modo vos tornareis filhos do vosso Pai que está nos céus” (v 45). É amando os inimigos que mostramos que somos filhos de Deus, pois este modo de agir é parecido com o dEle.
Rev. Jonas M. Cunha

terça-feira, 5 de agosto de 2014

Vencendo a Vingança

“...Qualquer que te ferir na face direita, volta-lhe também a outra”. Mateus 5.39

Recentemente o governo brasileiro pronunciou-se sobre os ataques de Israel à Faixa de Gaza como sendo “desproporcional”. Isto, verifica-se, frequentemente, no cotidiano das nações e também das pessoas, porque a tendência humana é de se vingar “a mais”.
No trecho de Mateus 5.38-42, Jesus aponta para o fato de ser citado a lei “olho por olho, dente por dente”, Levítico 24.19 e 20. E, lembra que o propósito era promover a justiça exata, mas não a vingança, e que a mesma dizia respeito à justiça pública, e não à vingança particular. Na maioria dos casos, a pessoa culpada tinha permissão para dar uma justa compensação pela avaria, pela ferida ou pela perca.
A “lex talionis” (lei da retaliação), referida primeiramente em Êxodo 21.12-36 (especialmente v. 23 e24), era a punição que visava equiparar o castigo à ofensa, e o meio de terminar com disputas e rixas. Mas Cristo mostrou um outro meio de fazê-lo.
 “Eu, porém, vos digo: Não resistais ao perverso” (v. 39). Jesus se contrapôs àqueles que viam neste princípio base para a vingança pessoal. Temos exemplos na Bíblia, como Abraão, foi libertar seu sobrinho Ló, embora este se revelasse cobiçoso. José, que generosamente perdoa seus irmãos. Davi, que por 2 vezes poupa a vida de seu perseguidor Saul. Estevão, ao ser apedrejado (At 7.60). E o próprio Cristo: “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem”.
Mesmo compelido por força a fazer alguma coisa por alguém (v.41), a pessoa pode demonstrar liberdade para fazer voluntariamente mais do que foi exigido, ao invés de fazer o serviço com má vontade.
Os fariseus apelavam para a lei de talião a fim de justificar a retribuição e a vingança pessoais. Citavam esse mandamento com o fim de destruir o seu próprio propósito. Entretanto, o Antigo Testamento já proibia a vingança pessoal (Lv 19.18; Pv 20.22; Pv 24.29).
Jesus está condenando o espírito de desamor, de ódio e de desejo de vingança. Assim, o que ele ensina são atitudes que, em vez de demonstrar (com palavras e atos) que se está cheio de espírito de rancor, demonstram amor.
Não temos o direito de odiar a pessoa que tenta nos privar de nossas posses (v.40). Nosso coração deveria encher-se de amor por tal pessoa e isto deveria revelar-se em nossas ações.
Enfim, em vez de nos vingarmos, deveríamos vencer o mal com o bem, surpreendendo os outros como o modo como os filhos de Deus reagem. Veja Romanos 12.17-21. Isto sim é evidência de uma vida transformada, e traria glória ao Pai celeste.
Rev. Jonas M. Cunha

Falso ou Verdadeiro

“De modo algum jureis...”. Mateus 5. 34


Muitas pessoas prometem que irão fazer uma coisa e não cumprem. Os judeus no tempo de Jesus costumavam jurar para que as pessoas dessem crédito às suas palavras.

Jesus chama a atenção dos Seus ouvintes, no Sermão do Monte, dizendo: “Ouviste que foi dito ...Não jurarás falso, mas cumprirás rigorosamente para com o Senhor os teus juramentos”. Ele se referia ao 3º Mandamento do Decálogo e mais especificamente a Levítico 19.12: “Nem jures falso pelo meu nome; pois profanaríeis o nome do vosso Deus: Eu sou o SENHOR”. O foco do mandamento era na verdade: “Não mintais uns aos outros, uma vez que vos despistes do velho homem com seus feitos” Cl 3.9. Deus proíbe a mentira, o engano e falsos testemunhos.
Porém, a ênfase que os fariseus davam era “não jureis falso pelo meu nome”, em vez de ser “não jureis falso”. Ou seja, somente o juramento que usasse o nome do Senhor não podia ser quebrado, mas os demais, podiam. Então eles juravam por outras coisas: pelo céu, pela terra, Jerusalém e pela própria cabeça (Mt 5.34-36). Porém Jesus mostra que jurar por estas coisas era o mesmo que jurar por Deus. Mas o que Jesus queria era que Seus discípulos fossem tão verdadeiros, que não precisassem ficar jurando, para que os outros acreditassem neles. Sua ênfase está na veracidade no coração “O que vive com integridade, e pratica a justiça, e, de coração, fala a verdade” (Sl15.2).
Jesus não está proibindo o uso de qualquer juramento, mas daquele que não procede de um coração sincero, está se referindo a um legalismo estreito e enganador, que exige um juramento para obrigar o cumprimento daquilo que foi falado. Temos vários exemplos de juramento na Bíblia (Gn 14.22-24; 31.53, etc), o próprio Deus jurou (Sl132.11). Porém, há uma distinção entre os momentos solenes, como diante de um tribunal, e na conversa do cotidiano.
Ser honesto e verdadeiro é o que o Senhor espera de nós: ”Por isso, deixando a mentira, fale cada um a verdade com o seu próximo...” (Ef 4.25).  
Rev. Jonas M. Cunha