segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

COMEMORE O NATAL CORRETAMENTE - PR. ISALTINO

''Ora, vem Senhor Jesus”  (Apocalipse 22.20b).


        Eu era seminarista e trabalhava na Baixada Fluminense. Tomei o ônibus para ir para minha igreja, o famoso Mauá-Mesquita. O cobrador, vendo-me com a Bíblia, disse: “Garotão, neste natal vou encher a cara!”. Respondi: “O azar é seu!”.
Para muita gente o natal é pretexto para beber até cair. Ou comer até passar mal. Os quebradores de dietas (por que as fazem?) dizem: “É festa, vou quebrar a dieta”. Para muitos, natal é mera ocasião de rever parentes, trocar presentes, comer e beber. Um evento social.
A humanidade tenta se livrar de Deus. Na páscoa, ao invés de lembrar a morte e ressurreição de Cristo, põe em seu lugar um coelho. Que bota ovos. De chocolate. No natal, ao invés de lembrar Jesus, põe em seu lugar o exótico papai Noel. Gente que ironiza hinos como  “Alvo mais que a neve” (num país tropical!) exulta com um velho com um barbaréu enorme, roupa espalhafatosa, casacão e botina. Num país tropical. Não crê em Jesus porque é absurdo. E aceita renas voadoras.
O carnaval tinha sentido religioso. Vem de carnem levarem,  abstenção da carne.         Comemorava-se na véspera da quarta-feira feira de cinzas, quando se iniciava a abstinência da carne. Os dias anteriores eram aproveitados para excessos, pois viria a privação. Um evento cristão tornou-se orgia. Assim vai o natal.
           O culto a Deus por causa de Jesus é trocado pela comilança, vinho, presentes e festa que vara a noite com pessoas não crentes! Os crentes têm preferido passar o aniversário de Jesus fora da casa de Jesus. E têm se esquecido do sentido do natal. Testemunhos que ouvi mostram isso: “Foi um tempo muito bom com parentes que eu não via há tempos”, “Revi parentes”, ou, ainda, “Estive com familiares de que gosto muito”. Não ouvi um assim: “Falei de Jesus a parentes não crentes” ou “Li textos  bíblicos sobre Jesus e lhes falei do Salvador” ou, ainda, “Ganhei meus familiares para Jesus”. E muitos “enchem a cara”.
            Numa tira do Estadão, de 31.12.5, o garoto Calvin diz ao seu tigre de pelúcia, Haroldo: “O período natalino é sempre época de reflexão pessoal. Nós não pensamos em nossas vidas muito freqüentemente. Esta é a hora para se parar e pensar no que é importante. É hora de nos dedicarmos à aquisição frenética… hora de espalhar a alegria da riqueza material… hora de glorificar os excessos pessoais de todo tipo!”. Haroldo interrompe: “As recompensas terrenas tornaram o consumismo uma religião popular”. Calvin conclui: “… hora de deixarmos de contentar com pouco”. Eles têm discípulos nas igrejas.
No natal, não encha a cara. Nem a barriga. Encha-se de gratidão a Deus por Jesus.  Não esvazie sua conta bancária. Esvazie-se de sua tentativa de viver sem Ele. Presenteie o aniversariante: dê-lhe sua vida.

ELE É QUEM PERDOA TODAS AS TUAS INIQUIDADES

''Bendize, ó minha alma, ao SENHOR, e tudo o que há em mim bendiga ao seu santo nome” (Salmo 103.1)




O pastor da igreja da qual sou membro desafiou os ouvintes a memorizar versículos da Bíblia. Comecei a memorizar salmos inteiros e não só versículos isolados. Desafiei-me com o Salmo 103, mesmo contendo 22 versículos. Intriguei-me com a palavra “perdoar”. Quem me acompanha nestes estudos sabe para qual livro recorri para tirar minhas conclusões, a saber, a concordância hebraica.
Esta palavra encontra-se 45 vezes no Antigo Testamento. Muitas das quais se acham no Pentateuco, umas 18 vezes, entre as instruções concernentes a expiação de pecados. “E o sacerdote fará expiação […] diante do SENHOR, e será perdoada” (Levítico 6:7). Outras 14 vezes, nos livros históricos, especialmente na oração do rei Salomão na dedicação do templo. “Ouve, pois, a súplica […] do teu povo Israel […] ouve, e perdoa,” 1 Reis8:30. E também se acha nos livros proféticos umas 8 vezes. “Converta-se ao SENHOR […] e volte-se para o nosso Deus, porque é rico em perdoar” (Isaías 55:7).
Ao menos reflete o fato de que ao decorrer da história do povo de Israel, Deus estava prontos o perdoar o pecado daqueles que o confessam. Isto desde a implantação no Pentateuco, no correr da história da nação, como ainda nos livros proféticos nos anos de cativeiro. Deus sempre foi fiel nesta promessa.

É interessante que esta palavra nunca se encontra entre seres humanos, por isso é um tipo de perdão inferior. Ela é exclusivamente para salientar o perdão estendido ao pecador por Deus. Um perdão superior, pois vem de Deus que está afastado do pecador por causa dos pecados dele. O reconciliador, Deus, manifesta-se rápido, à luz do pedido do pecador, perdoar e assim o reconciliá-lo a Ele como um filho de Deus. C.S.Lewis descreveu isto nitidamente ao dizer: “O filho de Deus se fez homem a fim de que os homens tornem-se um filho de Deus”, refletindo assim João 1:12.
Nunca se pode separar o conceito de perdão da necessidade de expiação, pois a penalidade sobre o pecado é a morte. No Antigo Testamento era simbolizado pela morte de um animal seja boi, ovelha ou pombo. O perdão veio após o sacrifício do ofertante. Justamente o que o livro de Hebreus nos informa, “Sem derramamento de sangue não há remissão” (9:22). Quem separa estes dois conceitos não obterá o perdão da parte de Deus. Uma parte, tudo isto também se aplica para o crente que cometeu pecado; confessado será totalmente perdoado, 1 João 1:9 (escrito para os cristãos) “Ele é justo para nos perdoar os pecados.”
Quando Cristo se ofereceu para pagar a penalidade do pecado, Ele marcou Sua morte na Cruz do Calvário. Por isso Jesus declarou na cruz “Está consumado” João 19:30. Todo o simbolismo dos animais sacrificados pelo perdão de pecado agora é feito definitivamente pela Sua morte na cruz. Todas as instruções do Pentateuco concernentes ao sacrifício de bois, ovelhas ou pombas se completaram na morte de Jesus. Nada mais precisa se acrescentar para obter o perdão de Deus. Gosto da maneira como Isaías descreveu o perdão: “Deus […] é rico em perdoar” (55:7). “Rico” para nós é um adjetivo, mas para Isaías é um verbo significando “multiplicar”. E o verbo se acha numa forma causativa. Ou literalmente Deus “Fará que multiplique.” E se isto não bastar, tem uma forma do infinitivo que salienta enfaticamente, intensidade ou constância. Que perdão!
Deus está descrito como um que está multiplicando algo, a saber o perdão, dito numa forma enfática com intensidade e constância. Que Deus! Que perdão! Por causa da expiação, Deus oferece perdão. O salmista também sentiu isto quando disse: “Quanto dista o Oriente do Ocidente assim afasta de nós as nossas transgressões” (103:12). Da parte do pecador, falta reconhecer que Cristo pagou a penalidade da morte e aceitar Cristo como seu Salvador e andar conforme os Seus mandamentos: “Aquilo que pedimos, dele recebemos, porque guardamos os seus mandamentos, e fazemos diante dele o que lhe é agradável” (1 João 3:22).
Demonstremos a nossa salvação pela prática dos Seus mandamentos.
(Dr.) Ricardo Sterkenburg
 E não sei quanto tempo, mas mais dia, menos dia, estarei contigo para sempre, e lá tu enxugarás dos meus olhos todas as minhas lágrimas que os aparentes problemas do presente me trazem.

“E Deus limpará de seus olhos toda a lágrima; e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas.” Apocalipse 21.4

“Ora vem Senhor Jesus!” Apocalipse 22.20b

terça-feira, 13 de dezembro de 2016

OLHANDO PARA JESUS! – NATAN DE OLIVEIRA

''Ora , vem Senhor Jesus'' (Apocalipse 22.20b).


Se fico insatisfeito por causa de algum defeito físico que tenho, talvez o tamanho da testa, o nariz, e outros... lembro que o meu Jesus não era nada bonito e com certeza muito mais feio do que eu... “... e como raiz de uma terra seca; não tinha beleza nem formosura e, olhando nós para ele, não havia boa aparência nele, para que o desejássemos.” Isaías 53.2
Olho para os meus sofrimentos, que eu sempre egoisticamente maximizo como grandes problemas... lembro que Jesus era um homem de dores... “Era desprezado, e o mais rejeitado entre os homens, homem de dores...” Isaías 53.3ª
Olho para as coisas que preciso fazer, os anos que ainda preciso trabalhar caso não morra precocemente, e me canso antecipadamente... mas lembro de Jesus e vejo que ele era um homem experimentado no trabalho... “... homem de dores, e experimentado nos trabalhos...” Isaías 53.3b
Lembro de que quando eu era moleque, meio perna-de-pau no futebol, e quando se fazia a divisão dos times, eu era sempre um dos últimos a ser escolhido, se é que era escolhido... mas lembro que Jesus era rejeitado pelos homens e nele não havia coisa nenhuma que atraísse, desprezado por todos... “... e, como um de quem os homens escondiam o rosto, era desprezado, e não fizemos dele caso algum.” Isaías 53.3c
Vejo minhas dificuldades financeiras, e ainda acho na minha arrogância que isto é uma injustiça... lembro que Jesus não tinha onde reclinar a sua cabeça... “E disse-lhes Jesus: As raposas têm covis, e as aves do céu, ninhos, mas o Filho do homem não tem onde reclinar a cabeça.” Lucas 9.58
Penso em como somos apegados em planos de saúde, seguro de carro, seguro de casa, e outras “seguranças” mais, e lembro que Jesus nasceu numa manjedoura... “E deu à luz a seu filho primogênito, e envolveu-o em panos, e deitou-o numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na estalagem.” Lucas 2.7
Penso nas vezes em que não me consideraram e me humilharam, me chamaram de medíocre... mas lembro que o nosso Senhor foi esbofeteado, foi cuspido... “E alguns começaram a cuspir nele, e a cobrir-lhe o rosto, e a dar-lhe punhadas, e a dizer-lhes: Profetiza. E os servidores davam-lhe bofetadas.” Marcos 14.65
          Penso que seria bom morrer velho e com saúde, dormindo até... mas lembro que o meu Senhor morreu aos 33 anos e crucificado na cruz... “E, quando chegaram ao lugar chamado a Caveira, ali o crucificaram, e aos malfeitores, um à direita e outro à esquerda.” Lucas 23.3
           Perdoa, Senhor, a minha arrogância.
          Tu te fizeste homem na pior das condições: feio, sofrido, desprezado, pobre, aparentemente indefeso, esbofeteado, cuspido, crucificado.
           E tudo isto fizeste também pensando em mim.
           Como posso desprezar tão grande salvação?
           Sim, Senhor, tu és o início da minha fé (o autor), e tua doce promessa é que serás também o fim da minha fé (o consumador). Olhando para Jesus, autor e consumador da fé, o qual, pelo gozo que lhe estava proposto, suportou a cruz, desprezando a afronta, e assentou-se à destra do trono de Deus.” Hebreus 12.2
           E não sei quanto tempo, mas mais dia, menos dia, estarei contigo para sempre, e lá tu enxugarás dos meus olhos todas as minhas lágrimas que os aparentes problemas do presente me trazem.“E Deus limpará de seus olhos toda a lágrima; e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas.” Apocalipse 21.4
“Ora vem Senhor Jesus!” Apocalipse 22.20b

DIGA “NÃO” AO CONFORMISMO ESPIRITUAL – EDNALDO CORDEIRO

“Se vós estiverdes em mim, e as minhas palavras estiverem em vós, pedireis tudo o que quiserdes, e vos será feito”(Jo.15.7)..



O Pb. Solano Portela em seu livro "Cinco Pecados que Ameaçam os Calvinistas", escreve no capítulo 4 que um desses pecados é o da falta de ação, o que eu chamo de conformismo espiritual, com o recente avivamento da doutrina reformada no meio evangélico mundial. Porém, Satanás, mais uma vez, tem se levantado para enganar os incautos, isso porque a má compreensão de uma doutrina bíblica, leva indubitavelmente a má aplicação desta doutrina e, é aqui que Satanás tem posto suas forças. Por isso gostaria de refletir um pouco acerca do conformismo espiritual, que é a tendência “lógica”, mas não bíblica, da Doutrina da Soberania de Deus quando isolada do todo bíblico.
Quando me refiro a conformismo espiritual, estou me referindo a tendência de se cruzar os braços, quando na verdade devemos agir. Alguns dizem 'nem um só pardal cai por terra se não for da vontade de Deus', isso é verdade obviamente, porém Deus nas Escrituras nos MANDA reagir diante de algumas situações, e a tendência dos “novos” calvinistas que, muitas vezes, não se aprofundam no conhecimento das Doutrinas da Graça, é o de cruzar os braços diante das adversidades, desconhecendo, por exemplo, a doutrina bíblica da providência e da oração.
O Pr. Roger Smalling em seu livro “Os Neo-Carismáticos e o Movimento da Prosperidade“, nos ensina que é errado nos submetermos passivamente a aflição como a vontade de Deus, posto que Ele é soberano e poderia ter-nos prevenido dela. Isso é verdade, porém Deus em sua Palavra, deixa claro que devemos reagir, da forma correta às situações que nos são apresentadas. E quando não fazemos isso estamos incorrendo em pecado, já que na maioria das vezes a tendência é agir da forma incorreta, e isso simplesmente por não ter compreendido corretamente uma determinada doutrina, ou ainda tê-la isolado do todo bíblico, incorrendo em heresia na aplicação.
Também, não podemos esquecer que o não conformismo não é:
Murmuração. Alguns por medo de estarem murmurando, baixam a cabeça e cruzam os braços diante das adversidades, mas esta atitude não é bíblica, e para isso devemos compreender o que é murmurar. Murmurar seria “falar contra alguém ou contra alguma coisa, criticar”. Biblicamente, murmurar seria “falar contra Deus”, “criticar a Deus”, ou simplificando “falar de Deus”. A murmuração é o resultado da falta de oração em meio à aflição. Para os FILHOS de Deus, o propósito da aflição é a demonstração de dependência do Pai, já que a Escritura nos ensina que “Não veio sobre vós [crentes] tentação, senão humana; mas fiel é Deus, que não vos deixará tentar acima do que podeis, antes com a tentação dará também o escape, para que a possais suportar.” (cf. 1 Co 10.13). Para que o crente não incorra em murmuração, deve sempre se colocar diante do Pai no altar da oração, buscando dEle o escape. Foi o que fez Paulo quando do “espinho na carne”, orou TRÊS vezes buscando livramento, até obter uma resposta de Deus, e só se “conformou” àquela situação depois disso, já que esta se mostrou a vontade de Deus para Ele.
Confissão positiva. Muitos que tem saído em defesa das doutrinas bíblicas, têm se levantado contra a teologia da prosperidade e da confissão positiva, doravante TP e CP respectivamente, e no afã de sua defesa têm destituído a igreja da ousadia de comparecer diante de Deus mediante Cristo, para suprir TODAS as suas necessidades. Ora, Jesus disse “Se vós estiverdes em mim, e as minhas palavras estiverem em vós, pedireis tudo o que quiserdes, e vos será feito” (cf. João 15.7). O problema da TP e CP, neste ponto específico, é que “colocam” Deus contra a parede, imputam a Deus uma OBRIGAÇÃO em fazer o que o homem quer, transformando Deus em “servo” da vontade humana, já que estes fizeram o que Ele lhes ordenou. O antídoto para TP e CP não é uma submissão passiva às adversidades, mas sim uma busca no próprio Deus por livramento, e isto através da oração. De nada adianta ter um grande conhecimento bíblico se a chama do Espírito não arder nos corações, e esta chama só é acesa no altar da oração.
No livro de Atos, os apóstolos disseram "mas nós perseveraremos na oração e no ministério da palavra" (cf. Atos 6.4). Quando os apóstolos colocaram a oração antes do ministério da palavra, eles não estavam ensinando que a oração é MAIS importante, mas estavam enfatizando a oração como meio que nos prepara para o ministério da Palavra, e não apenas para o ministério, mas para a compreenção das verdadeiras implicações práticas das doutrinas bíblicas.
Grandes acusações feitas às doutrinas da graça, só são feitas porque em muitos inexiste a prática doutrinária, somos muito teóricos, e nada, ou quase nada, práticos. Já vi pessoas que se dizem calvinistas não depositarem em Cristo sua confiança para salvação, mas na compreensão torta que possuem da doutrina da eleição, e que caminham como aqueles que “convertem em dissolução a graça de Deus” (cf. Jd. 4b).
Em Juízes 3.1,2, o Senhor diz que manteve os povos estrangeiros na terra para que os filhos de Israel aprendessem a guerrear. Da mesma forma isso acontece conosco, depois da nossa conversão Deus não retira da nossa vida as situações adversas, simplesmente porque deseja nos ensinar a lutar, Ele não quer filhos passivos, mas ativos e dependentes dEle. Quando não for para lutar Ele nos avisará, como fez com Josafá (cf. 2Cr 20.17), ou como está escrito no Salmo 46.10 (“Parem de lutar” - NVI).
Concluindo, não é por crermos na absoluta soberania de Deus que devemos passivamente nos submeter às situações adversas que nos são impostas por Ele, mas devemos, confiando em Deus, reagir à estas situações com orações e súplicas, segundo a Sua vontade revelada na Bíblia, até que a paz de Deus que excede todo o entendimento guarde nossa mente e nossos sentimentos em Cristo. Na luta não reclame DE Deus aos outros, reclame COM Deus em oração. 

terça-feira, 22 de novembro de 2016

PERDOAI UNS AOS OUTROS – ADAPTADO.

''Antes, sede uns para com os outros benignos, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus, em Cristo, vos perdoou”  (Efésios 4.32).



Mesmo na igreja, frequentemente, pecamos uns contra os outros enquanto vivemos e adoramos juntos. Além disso, nem sempre somos realmente amados pelos outros. Cada um de nós já foi ferido, por vezes gravemente. Por isso, em meio aos mandamentos para acolher, servir, encorajar e amar uns aos outros, nós recebemos um mandamento para quando nossos irmãos e irmãs cristãos falham conosco nessas mesmas coisas. Nossas responsabilidades mútuas na igreja não cessam se os outros quebram as regras. Em Efésios 4.32, o apóstolo Paulo orienta os cristãos ofendidos por pecados: “Antes, sede uns para com os outros benignos, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus, em Cristo, vos perdoou”.
Pense em si mesmo
Normalmente, minha primeira reação quando alguém peca contra mim é pensar em mim mesmo. Minha queixa, meus direitos, minha perda e meu sofrimento consomem minha mente. Como a Srta. Havisham, de Charles Dickens, eu coleciono e valorizo cada velho sinal de como fui injustiçado. Pode ser surpreendente, então, que o Senhor nos mande responder aos erros em primeiro lugar pensando em nós mesmos. Mas o “como também Deus, em Cristo, vos perdoou” de Paulo não é um incentivo à autopiedade. Um olhar atento no espelho de Deus revela não a extensão dos meus ferimentos, mas a medida em que tenho ferido (Isaías 53.5); não as maneiras que eu tenho sido ofendido, mas a longa lista de minhas próprias ofensas (Romanos 4.25); não meus sentimentos de rejeição, mas como eu já rejeitei a Deus (Isaías 53.3). Muitos comentadores prestativamente conectam Efésios 4.32 à parábola de Jesus do servo incompassivo (Mateus 18.21-35). O servo é um personagem bíblico familiar. Tendo sua enorme dívida perdoada, ele imediatamente exige o reembolso de uma dívida muito menor de um outro servo. Qual era o problema do servo impiedoso? Ele esqueceu de si mesmo e do tamanho de sua própria dívida.
Pense em seu salvador
Minha segunda resposta quando alguém peca contra mim é limitar cuidadosamente os termos de perdão. Quero brechas e exceções. Eu posso perdoar essa pessoa um pouco se for preciso, se ela primeiro fizer as coisas certas. Como Pedro, eu quero manter o perdão em doses pequenas e mesquinhas: “sete vezes, Senhor” (Mateus 18.21)? Este mandamento mais uma vez reorienta nosso pensamento quando nos dirige a meditar sobre o nosso Salvador: “como Deus, em Cristo, vos perdoou”. O perdão de Deus é completo e irrevogável (Hebreus 10.17-18). É setenta vezes sete. Você, que foi perdoado, deve ir e fazer o mesmo, diz Paulo.
Pense em seu irmão

Jesus, porém, não é apenas um exemplo de perdão. Ele é a fonte de nosso perdão. Essa é uma boa notícia, pois, tendo sido chamado para perdoar, eu quero sentar e protestar: “Eu não consigo”! Mais cedo, em Efésios, Paulo nos lembra de como Cristo reconcilia as pessoas afastadas: “tendo derribado a parede de separação que estava no meio, a inimizade” (2.14). Por sua obediência, morte e ressurreição, ele nos reconciliou consigo mesmo e também nos reconciliou com todas as outras pessoas que são reconciliadas com ele. Embora os cristãos sejam chamados a estar prontos a perdoar mesmo não-cristãos, “perdoando-vos uns aos outros” (Efésios 4.32) tem um significado especial para a igreja. Podemos viver em paz uns com os outros, porque “ele é a nossa paz” (2.14). A obra de Cristo muda tudo. Quando o pecado do meu irmão é pregado ao lado do meu na cruz, o perdão se torna não apenas uma questão de cancelar sua dívida em um livro-caixa, zerando as colunas, mas de contribuir positivamente para o seu bem-estar. “Sede uns para com os outros benignos, compassivos”, escreve Paulo (4.32).

segunda-feira, 14 de novembro de 2016

O QUE SERÁ DA IGREJA BRASILEIRA – Jorge Fernandes

''Eu repreendo e disciplino a quantos amo. Sê, pois, zeloso e arrepende-te”  (Apocalipse 3.19).






O que será da igreja brasileira?
Em que condições a igreja evangélica deixará o país ao fim-do-ano?
Será que a expansão numérica dos evangélicos no Brasil tem-se refletido em luz, ou "tudo continua como dantes no quartel do Abrantes"? Com os evangélicos não fazendo diferença, nem salgando o mundo?
Quais mudanças serão percebidas na sociedade? Ela terá refletida a sabedoria e santidade bíblicas? Terá se tornado moral e eticamente aprovada? A defender a vida e os princípios estabelecidos por Deus em Sua palavra?
Ou a expansão numérica servirá apenas para aproximar a igreja cada vez mais do padrão do mundo (através da invasão de incrédulos e suas perversões no seio da igreja; e o que é pior, a aceitação passiva por parte daqueles que se dizem cristãos e defensores da fé bíblica)? A interagir e se fundir com o secular de tal forma que não se distingue o aparentemente santo do profano?
Até que ponto, o triunfalismo e o otimismo com as possibilidades de um Brasil evangelizado é realidade ou ficção? Especialmente quando se sabe que a maior parte das pregações têm sido antibíblicas e não-cristãs? É possível se pregar o antievangelho e ainda assim evangelizar em moldes verdadeiramente cristãos? Ou estamos a misturar as coisas, sem saber o que fazemos, guiados por egos inflados, por doutrinas espúrias, com o objetivo de saciar a sanha indolente das criaturas? Sem glorificar o Criador e Senhor?Há muito tempo se ouve a frase: o Brasil para Cristo! Mas o que pregamos é Cristo crucificado, ressurreto e que está à destra do Pai governando o mundo, ou o anticristo?
Até que ponto, igrejas preocupadas com atividades sociais, de lazer, empresariais, mercadológicas, envoltas pelo pragmatismo e a busca de resultados estatísticos e financeiros podem estar comprometidas com Deus e Sua palavra, ao ponto em que ela transborde e seja impossível não proclamá-la? Até que ponto as igrejas estão preocupadas em pregar o arrependimento? E, assim, somente assim, reconhecendo-se nu e miserável o homem poderá quedar-se submisso diante do Deus Todo-Poderoso, santo e justo? Pois sem arrependimento, não houve novo-nascimento, e sem novo-nascimento como será possível ver o reino dos céus? Até que ponto, o Evangelho estará soterrado pelo humanismo? E se tornará irreconhecível como a mensagem do Deus Vivo? Até que ponto, continuaremos assentados confortavelmente em nossas poltronas sem clamar, interceder e orar pelas almas escravizadas pelo pecado? 


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segunda-feira, 7 de novembro de 2016

O HOMEM CRISTÃO CONTRA O MUNDO - Alfredo de Souza

''Maridos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela”  (Efésios 5.25).




O princípio de Deus concernente à liderança masculina sobre a mulher é uma das doutrinas mais incompreendidas das Escrituras Sagradas. Por causa disto, duas atitudes pecaminosas e antibíblicas são assumidas pelos homens dentro da família, Igreja e sociedade.
A primeira é a omissão total do seu papel de líder. Como é desastroso um marido omisso que não toma as rédeas de seu próprio lar, deixando de conduzir a esposa e os filhos por meio da autoridade concedida por Deus, causando insegurança e instabilidade emocional e prática nos que habitam o lar. É sofrível também contemplar uma igreja onde as mulheres são obrigadas a assumir o papel que não lhes pertence pela omissão dos homens.
A segunda é a manifestação machista que provém do chauvinismo asqueroso onde o homem se sente no direito de, não apenas se sentir melhor, mas agir como se a mulher estivesse abaixo dele. É a falsa sensação de superioridade que inexiste na estrutura divina. É o pecado do orgulho que afronta a santidade do Senhor Deus, levando-o à ira e à indignação.
O que significa a autoridade masculina e, por inferência, o que significa a submissão feminina:
1. A autoridade masculina não tem o direto de suprimir as qualidades femininas: Muitos homens pensam que liderar é o mesmo que desvalorizar. Mesmo que muitos não aceitem, a mulher possui dons e talentos que devem ser reconhecidos e até estimulados. A capacidade dada por Deus faz com elas sejam mestras do bem [1], instrutoras da verdade [2], inteligentes na administração da casa [3], negociadora e lucrativa [4], para citar apenas algumas. O marido bíblico é aquele que reconhece e incentiva a atuação da mulher dentro da sua esfera de atuação, pois é exatamente isso que Deus faz quando coloca sobre nós os ministérios do Reino, Ele nos dá liberdade de atuação dentro da nossa esfera de atuação.
2. A autoridade masculina faz do homem um servo da mulher: Muitos homens certamente torcerão o nariz aqui, mas é isso mesmo o que as Escrituras ensinam. Comecemos com algumas palavras do Senhor Jesus: Então, Jesus, chamando-os, disse: Sabeis que os governadores dos povos os dominam e que os maiorais exercem autoridade sobre eles. Não é assim entre vós; pelo contrário, quem quiser tornar-se grande entre vós, será esse o que vos sirva; e quem quiser ser o primeiro entre vós será vosso servo; tal como o Filho do Homem, que não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos.
3. A autoridade masculina suprime a vontade egoísta e o orgulho do homem: Quando Paulo menciona sobre como o homem deve liderar a mulher, ele diz: Maridos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela, para que a santificasse, tendo-a purificado por meio da lavagem de água pela palavra, para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, porém santa e sem defeito.  O objetivo da liderança masculina é glorificar a Deus e proteger a mulher, mesmo que ele tenha que dar a vida para isso. É sempre bom lembrar que a mulher se submete ao Senhor, à Sua proteção e cuidado, e o instrumento para esta proteção e cuidado é o homem.

4. A autoridade masculina existe somente porque Deus assim determinou: O princípio bíblico da autoridade masculina na economia do lar, da Igreja e da sociedade é regido pela lei da primogenitura. O homem veio primeiro, logo ele é o líder. Também a posição de poder não faz da mulher um ser inferior de acordo com que Paulo diz: Quero, entretanto, que saibais ser Cristo o cabeça de todo homem, e o homem, o cabeça da mulher, e Deus, o cabeça de Cristo. (...) Porque o homem não foi feito da mulher, e sim a mulher, do homem. Porque também o homem não foi criado por causa da mulher, e sim a mulher, por causa do homem. (...) No Senhor, todavia, nem a mulher é independente do homem, nem o homem, independente da mulher. Porque, como provém a mulher do homem, assim também o homem é nascido da mulher; e tudo vem de Deus. [10]

O JUSTO VIVERÁ PELA FÉ

''Eis o soberbo! Sua alma não é reta nele; mas o justo viverá pela sua fé.”  (Habacuque 2.4).



Habacuque sofreria muito se vivesse nos nossos dias. Suas súplicas a Deus por justiça frente ao viver impiedoso do seu próprio povo deve nos fazer orar como ele orou, pedindo que Deus aja mesmo contra o seu povo, para que este possa acordar da letargia e fraqueza moral em que vive.
Por mais surpreendente que tenha sido, a resposta de Deus ao profeta dizendo que mandaria um povo ímpio para escarnecer do seu próprio povo parece também ter cumprimento nos nossos dias. Somos, como ‘evangélicos’, motivo de piadas e chacotas por causa dos falsos crentes e líderes que embaralham a mente do mundo e envergonham o evangelho.
Mas, como devemos, os crentes, perceber todo esse engano que o falso cristianismo tem mostrado? Deus disse a Habacuque que escrevesse numa tábua de pedra (igualzinho aos 10 mandamentos) qual seria o centro da sua mensagem: O justo viverá pela fé.
Aprendendo a lição, o profeta declarou que se tudo na vida acabasse, a figueira não florescesse, a oliveira murchasse, os currais ficassem vazios, ainda assim ele se alegraria em Deus e na sua salvação.
Será que esse evangelho pode ser pregado como suficiente?
Se tudo o que der prazer ao leitor: família, emprego, estabilidade e o que mais você puder pensar for requerido de você hoje, você precisa entender que viver pela fé é, ainda nas piores circunstâncias, poder dizer: ainda assim eu me alegro no Deus da minha salvação.
Parece diferente do que você vê na TV? Mas esse é o evangelho daquele que nos chamou assim: Quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me.

Esse é um convite irrecusável!

domingo, 23 de outubro de 2016

O QUE UMA ESPOSA ESPERA DO SEU ESPOSO

''Maridos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela”  (Efésios 5.25).



Desde que Eva foi criada, muita coisa tem mudado na vida das mulheres, mas as coisas mais importantes, aquelas que nos trazem felicidade e realização, permanecem inalteradas por fazerem parte da essência da nossa feminilidade.
Ainda hoje, a esposa precisa que seu marido lhe dê três coisas que satisfarão as necessidades básicas do seu coração: segurança, liberdade e honra. E as três derivam do conceito do amor agape, o amor doador, sacrificial com que o marido é ordenado a amar sua esposa (Ef. 5:25).

O amor do marido traz segurança à esposa
É o amor que toma a iniciativa e o homem foi especialmente capacitado por Deus para ser o iniciador, o que busca, que corteja, que conquista, o que já faz parte da sua natureza. A mulher que é assim conquistada sente-se segura na sua feminilidade, na sua natureza mais responsiva.
O marido amoroso não apenas conquista o amor da esposa mas o alimenta através de atos carinhosos, como dar a mão a ela quando estão juntos; de palavras amorosas e elogiosas, pois sabe que a mulher é atraída pelo que ouve; de pequenos gestos e sacrifícios que para ele talvez nem façam muito sentido, como dar um presentinho, um ramalhete de flores, assistir a um filme romântico com ela ou planejar algum momento especial só para os dois; de respeito pela pessoa feminina que ela é, por sua maneira diferente de pensar e de se expressar.
O marido que trata a esposa como rainha terá uma rainha por esposa.

O amor do marido liberta a esposa
O amor doador nunca cerceia, antes visa a libertação da pessoa amada para ser tudo o que Deus a fez para ser. Ele não quer transformar a outra à sua própria imagem, mas se regozija na sua singularidade e beleza. “O amor edifica” (1 Cor. 8:1b), ajuda a esposa a crescer, a amadurecer, a revelar-se na sua essência. Reconhece seus dons particulares e encoraja-a a desenvolvê-los, provendo os meios para que ela possa fazê-lo, mesmo que isso envolva sacrifício pessoal. Ele não compele nem força, antes apóia, estende a mão, colabora.

O amor do marido honra a esposa
O amor do marido é como um manto sobre os ombros da esposa, símbolo de sua proteção e cuidado. Debaixo dele, ela sente-se valorizada, importante, respeitada por ser quem é, como é. Não precisa temer sua própria fragilidade nem o passar dos anos e a chegada das rugas e dos cabelos brancos, pois sabe que o marido vê nela a beleza que nunca diminui nem acaba mas que se renova e viceja a cada nova fase da vida.

O marido que ama a esposa como Cristo amou a igreja procura o aperfeiçoamento, o crescimento, o amadurecimento e a restauração da pessoa que sua esposa foi criada para ser, o que redundará em felicidade e gozo para ele próprio. Esse é o mistério do amor no relacionamento conjugal. Simbolizado pela redondeza contínua das alianças de ouro, ele dá início a um processo infindo de doação que conduz ao paradoxo de que é dando que se recebe, é doando a si mesmo que se cresce, é libertando que se liberta.                                                                                    
Wanda Assumpção

ACORDA IGREJA!

''porque morrestes, e a vossa vida está oculta juntamente com Cristo, em Deus”  (Colossenses 3.3).




Existe um clamor vindo dos céus, rompendo as barreiras humanas e destronando os principados e potestades comovendo o coração da igreja para um retorno ao puro evangelho. Este clamor aponta para uma retomada de posição diante das blasfemas posturas assumidas por aqueles que tentam facilitar as decisões diante de Deus. Deus não se rebaixa para mudar seus padrões, mas eleva o homem para que este consiga viver no padrão d’Ele.
O que temos visto é um evangelho sem cruz e evangelho sem cruz não pode provocar arrependimento e contrição necessários para salvação. A banalização e a idiotização do evangelho tem levado a igreja para sarjeta moral, cultural e social. Nossos cantores gospel estão embriagados com as possibilidades de sucesso, vários pastores perderam a simplicidade da Palavra e estão drogados por números, as igrejas estão poluídas por uma teologia espúria e anti-bíblica. Pregadores da prosperidade envergonham e denigrem o Santo Evangelho do Senhor Jesus Cristo e o pior é que o povo de Deus tem sacrificado suas mentes, valores e princípios no altar do pragmatismo, de Mamon e da vida fácil. Nossos cultos tendem a ser festivos e atrativos para que as pessoas se sintam bem em nossos ambientes. Muitos pastores são ávidos em oferecer as bênçãos de Deus como se esse fosse o caminho real para uma transformação de vida. O que precisa ficar bem claro para todos é que não existem bênçãos sem primeiro passar pela Cruz. Sem Cruz não existe vida cristã. Sem vida cristã andamos em círculos espiritualmente.
Metanoia é a palavra da vez. Nunca foi tão urgente um arrependimento em largas proporções. Para o cristão urge um arrependimento de obras mortas. De obras e comportamentos que ofendem a Deus. Uma Metanoia capaz de rasgar o coração e desnudar perante Deus nossas intimidades, pecados, pensamentos e sentimentos. Neste nível veremos um grande despertamento na igreja. Veremos o Espírito apontar para Jesus Cristo e engrandecê-lo. Veremos e experienciaremos uma comoção social de tal proporção que milhares e milhares virão aos pés do Salvador. Ou acordamos agora e damos meia volta ou veremos o juízo começar pela casa de Deus.

Que todos nós alcancemos arrependimento pela nossa indiferença, descrença e abandono das verdades fundamentais da Palavra. Que choremos pelos nossos pecados. Que derramemos lágrimas diante do Todo Poderoso e alcancemos corações puros pelo Sangue de Jesus. Que sejamos intransigentes com os valores do Reino e apontemos a suficiência da Palavra e do Salvador para as necessidades dos homens. Que primeiro nos alimentemos da Palavra para depois termos alimento para darmos ao povo. Que paguemos o preço de sermos a voz que clama no deserto, mas que sejamos íntegros diante dos descalabros apresentados. Que sejamos os modelos de humildade, justiça e de santidade. Que a presença de Cristo seja real em nossos cultos. Que nossa adoração seja verdadeira e espiritual. Que a igreja seja limpa de mãos e pura de coração para subir ao monte do Senhor. 
Texto adaptado de Luis Fernando

segunda-feira, 10 de outubro de 2016

SEGURANÇA EM MEIO ÀS CRISES

''porque morrestes, e a vossa vida está oculta juntamente com Cristo, em Deus”  (Colossenses 3.3).




Às vezes pensamos e mesmo sentimos que estamos totalmente desamparados. Deus não nos ouve, nossas orações parecem vazias e ficamos sem sustentação psicológica. Os problemas do dia-a-dia nos roubam a real perspectiva do nosso relacionamento com Cristo.
Por não encontrarmos rápidas respostas para os problemas e os encararmos como grandes demais, julgamos que estamos ilhados, desamparados e um sentimento de desassossego emerge de nossa alma.
Nos evangelhos encontramos os discípulos em pânico com o mar agitado e se preocupando tanto com o mar e suas fortes ondas que esqueceram que o Senhor Jesus estava no barco juntamente com eles.
Ao acordarem o Senhor Jesus, eles estavam simplesmente reconhecendo que não percebiam a miopia espiritual reinante em suas vidas.
A visão distorcida das crises da vida nos faz esquecer ou mesmo subdimensionarmos a presença de Cristo em nós, bem como seu terno cuidado.
Para Ele não existe crise, dificuldade ou situação que seja por demais complicada.
O apóstolo Paulo nos faz lembrar que nada nos poderá separar do amor de Deus que está em Cristo Jesus.
Ele usa linguagem enfática quando diz que nem a morte, nem seres espirituais, nem qualquer circunstância ou criatura, poderá nos separar do Senhor Jesus.
A Palavra de Deus é enfática em dizer que os verdadeiros cristãos estão seguros em Cristo. Paulo chega a dizer que nossas vidas estão escondidas em Cristo (Cl 3:3).
Já abrimos as portas das nossas vidas para Ele e podemos descansar porque Cristo é maior que nossas dificuldades.

Devemos enfatizar, todos os dias, a grandeza de Cristo. Precisamos lembrar que por passarmos por crises, em vários níveis, Ele não vai embora.Cristo é suficiente para nós em qualquer situação. Força para Viver

segunda-feira, 3 de outubro de 2016

A FORMA BÍBLICA DE GOVERNO CIVIL

Quando vos disserem: Consultai os necromantes e os adivinhos, que chilreiam e murmuram, acaso, não consultará o povo ao seu Deus? 
A favor dos vivos se consultarão os mortos? À lei e ao testemunho! Se eles não falarem desta maneira, jamais verão a alva. ”  (Isaías 8.19-20).




Uma breve análise da Bíblia e seus princípios mostrarão que ela tem diretrizes para todas as áreas da vida. Isso inclui o governo civil? Deus está preocupado com a estrutura e os princípios dos sistemas políticos, assim como está com as famílias? Ou, Deus deixou a área do sistema político para o homem desenvolver de acordo com as necessidades de uma era particular, para satisfazer os desejos de um povo particular? Ou, a Bíblia reivindica “neutralidade” em certas áreas da vida, deixando o homem criar suas próprias diretrizes?
Por exemplo, existe um sistema econômico cristão? Ou, o estudo da economia é um empreendimento neutro? A Bíblia estabelece diretrizes na área da ciência? Existem certas leis na criação que Deus estabeleceu para ordenar o universo? É possível desenvolver um sistema educacional a partir da Escritura? Os fatos educacionais têm algum significado se não estiverem relacionados com Deus e Sua Palavra? Pode alguém ser realmente “educado” se Cristo não está no centro de sua vida, dando significado a todos os fatos e experiências? Existem mandamentos que concernem às questões de negócios?
A Bíblia ensina claramente que Jesus é Senhor e que Seu senhorio se estende sobre todas as instituições da sociedade, incluindo a família, economia, ciência, educação, e para esse tudo, o governo civil. Não existe nenhuma esfera da sociedade onde o senhorio de Jesus Cristo possa ser ignorado. Quando os sistemas políticos governam, eles o fazem de acordo com um sistema de lei. Isso é inevitável. Não pode existir um sistema de lei neutro. “Deve ser reconhecido que em qualquer cultura, a fonte da lei é o deus dessa sociedade” (R. J. Rushdoony, Institutes of Biblical Law, p. 4). Se o homem é a fonte das leis da sociedade, então o homem é o deus dessa sociedade. Se a sociedade ignora os princípios governamentais que Deus estabelece em Sua Palavra, então esta sociedade está competindo com o Senhor de toda a criação. Mas a Escritura é clara: Deus não compete com a sua criação: “E reconhecerão que só tu, cujo nome é SENHOR, és o Altíssimo sobre toda a terra” (Sl. 83:18). Deus não compartilha Sua glória com nenhum homem, sociedade ou sistema político. “Eu sou o SENHOR, este é o meu nome; a minha glória, pois, não a darei a outrem, nem a minha honra, às imagens de escultura” (Isaías 42:8; 48:11).
Um cristão tem obrigação de obedecer a vontade de Deus no mais secular de seus negócios diários, tanto quanto em seu quarto [em oração], ou na mesa de comunhão. Ele não tem direito de separar sua vida em duas esferas, e reconhecer códigos morais diferentes em cada uma respectivamente – dizer que a Bíblia é uma boa regra para o Domingo, mas essa é uma questão do dia-a-dia semanal; ou que as Escrituras são a regra correta em questões de religião, mas essa é uma questão de negócios ou política. Deus reina sobre tudo, em todo lugar. Sua vontade é a lei suprema em todas as relações e ações. Sua Palavra inspirada, fielmente lida, nos informará de sua vontade em toda relação e ato da vida, secular bem como religioso; e o homem é um traidor que recusa andar nisso com cuidado meticuloso. O reino de Deus inclui todos os lados da vida humana, e é um reino de justiça absoluta. Ou você será um súdito leal ou um traidor. Quando o Rei chegar, como te encontrará?(A. A. Hodge, Evangelical Theology, pp. 280-281).
Negar que existe um sistema bíblico de governo civil é dizer que Deus não tem nenhum padrão de retidão e justiça nessa área crucial. Se homens e nações podem selecionar o sistema de governo civil que desejam, o homem se torna supremo e Deus se torna subordinado aos desejos do homem. Como um sistema de governo civil poderia ser avaliado, se o sistema é arbitrário desde o princípio? Se um grupo de cidadãos desiludidos desejasse derrubar o primeiro governo arbitrário, que padrão de justiça os proibiria de fazê-lo? Se um sistema de governo criado pelo homem é legítimo, então se segue que todos os sistemas governamentais criados pelo homem também o são. Aqueles que têm os meios, o poder e a influência são os que dominam. Porque tudo da vida deve refletir o caráter de Deus, devemos esperar que o governo civil reflita o Seu caráter também. Dois sistemas de governo civil opostos não podem ser corretos. Somente a Bíblia pode ser o nosso guia em determinar o que é correto. As experiências da história e os desejos dos homens são de pouca conseqüência, se não têm o apoio ou não refletem o sistema de governo civil delineado na Escritura. “À lei e ao testemunho! Se eles não falarem desta maneira, jamais verão a alva” (Isaías 8:19-20).

Sumário

“Todo governo político, quer no nível local ou municipal, regional ou estatal, nacional ou federal, deriva em última instância sua autoridade, não do consentimento do governado (assim diz Jefferson), mas do prazer do Altíssimo (assim diz a Escritura). Não estamos dizendo que os governos políticos não devem consultar o povo; mas sim que a autoridade do poder humano em última análise vem do Deus acima, e não do governo abaixo. Pois ‘o Altíssimo, tem domínio sobre o reino dos homens e a quem quer constitui sobre ele’ (Daniel 5:21)” (Francis Nigel Lee, “Power, Government and State”, Man and His Culture, p. 67).


segunda-feira, 26 de setembro de 2016

DEUS, O AUTOR!

Paulo, apóstolo de Cristo Jesus, pela vontade de Deus, de conformidade com a promessa da vida que está em Cristo Jesus, ao amado filho Timóteo, 
graça, misericórdia e paz, da parte de Deus Pai e de Cristo Jesus, nosso Senhor.”  (2 Timóteo 1.1-2).



Deus é soberano – a vontade de Deus é suprema. Isso significa não somente que ele pode controlar algo se desejar fazê-lo, mas significa que nada pode acontecer a menos que ele decida que isso deveria acontecer e, então, faça com que isso aconteça, mediante um poder ativo e invencível. A distinção é crucial. A falha em reconhecê-la tem resultado em absurdo e inconsistência mesmo naqueles que se consideram defensores da soberania de Deus. Deus não somente pode ativa e diretamente decidir e controlar tudo – como se fosse possível ele metafisicamente deixar algumas coisas funcionarem por si mesmas – mas Deus de fato ativa e diretamente decide e controla tudo, incluindo todos os pensamentos e ações humanas, quer boas ou más. Isso é verdadeiro por necessidade lógica, pois Deus é o único e universal poder metafísico que existe.
Estou lhe dizendo o que aconteceu a Paulo. Ele escreve que era um apóstolo de Cristo Jesus “pela vontade de Deus”. A frase em si pode se referir ao decreto ou preceito de Deus. Isto é, pode se referir à decisão eterna de Deus que Paulo seria um apóstolo, ou ao mandamento temporal de Deus que Paulo deveria ser um apóstolo. Parece que a frase em nossa passagem refere-se ao decreto de Deus. Deus decretou todas as coisas antes da criação do mundo, e ele concebeu Paulo e pré-ordenou que ele seria um apóstolo. Paulo escreve que foi separado no nascimento (Gálatas 1:15), mas ele não nasceu um cristão. João o Batista foi cheio do Espírito enquanto ainda estava no ventre da sua mãe, mas Paulo viveu uma vida de assassinato até o Senhor Jesus confrontá-lo. Ambos foram ordenados pela vontade de Deus, mas Deus decretou vidas diferentes para eles.
Não é que Deus “permitiu” Paulo correr solto até Atos 9. Deus tinha tanto controle de Saulo o Fariseu como de João o Batista. Seu plano demandou que Paulo estiver no caminho que estava antes de sua conversão. E Paulo nos diz pelo menos parte da razão: “Mas por isso mesmo alcancei misericórdia, para que em mim, o pior dos pecadores, Cristo Jesus demonstrasse toda a grandeza da sua paciência, usando-me como um exemplo para aqueles que nele haveriam de crer para a vida eterna” (1 Timóteo 1:16). O drama da conversão de Paulo serve ao drama maior da redenção. Deus tinha pré-ordenado que Paulo se tornaria um exemplo de um grande pecador que receberia misericórdia, de forma que “Cristo Jesus demonstrasse toda a grandeza da sua paciência”. Repetindo, isso foi em prol da demonstração, do drama. Mas para isso acontecer – para Paulo se tornar um grande pecador que recebe misericórdia – ele deve primeiro viver como “o pior dos pecadores”. Deus planejou e Deus fez acontecer – tudo isso. A vontade de Deus era que ele se tornasse o representante mais eficaz e prolífico da fé na igreja primitiva, pois a vontade de Deus nunca falha. Livro "Reflexões sobre 2 Timóteo".

segunda-feira, 19 de setembro de 2016

PRECISAMOS NOVAMENTE DE HOMENS DE DEUS!

''homens dos quais o mundo não era digno), errantes pelos desertos, pelos montes, pelas covas, pelos antros da terra. Ora, todos estes que obtiveram bom testemunho por sua fé não obtiveram, contudo, a concretização da promessa,por haver Deus provido coisa superior a nosso respeito, para que eles, sem nós, não fossem aperfeiçoados.”  (Hebreus 11.38-40).



A igreja, neste momento, precisa de homens, o tipo certo de homens, homens ousados. Afirma-se que necessitamos de avivamento e de um novo movimento do Espírito; Deus sabe que precisamos de ambas as coisas. A igreja suspira por homens que se consideram sacrificáveis na batalha da alma, homens que não podem ser amedrontados pelas ameaças de morte, porque já morreram para as seduções deste mundo. Tais homens estarão livres das compulsões que controlam os homens mais fracos. Não serão forçados a fazer as coisas pelo constrangimento das circunstâncias; sua única compulsão virá do íntimo e do alto.
Esse tipo de liberdade é necessário. Se quisermos ter novamente, em nossos púlpitos, pregadores cheios de poder, ao invés de mascotes. Esses homens livres servirão a Deus e à humanidade através de motivações elevadas demais, para serem compreendidas pelo grande número de religiosos que hoje entram e saem do santuário. Esses homens jamais tomarão decisões motivadas pelo medo, não seguirão nenhum caminho impulsionado pelo desejo de agradar, não ministrarão por causa de condições financeiras, jamais realizarão qualquer ato religioso por simples costume; nem permitirão a si mesmos serem influenciados pelo amor à publicidade ou pelo desejo por boa reputação.
A verdadeira igreja jamais sondou as expectativas públicas, antes de se atirar em suas iniciativas. Seus líderes ouviram da parte de Deus e avançaram totalmente independentes do apoio popular ou da falta deste apoio. Eles sabiam que era vontade de Deus e o fizeram, e o povo os seguiu (às vezes em triunfo, porém mais frequentemente com insultos e perseguição pública); e a recompensa de tais líderes foi a satisfação de estarem certos em um mundo errado.
Outra característica do verdadeiro homem de Deus tem sido o amor. O homem livre, que aprendeu a ouvir a voz de Deus e ousou obedecê-la, sentiu o mesmo fardo moral que partiu os corações dos profetas do Antigo Testamento, esmagou a alma de nosso Senhor Jesus Cristo e arrancou abundantes lágrimas dos apóstolos.

Sim, o cristianismo precisa novamente de homens, o tipo certo de homens, precisa buscar, em oração e muita humildade, o surgimento de homens feitos da mesma qualidade dos profetas e dos antigos mártires. Deus ouvirá os clamores de seu povo, assim como Ele ouviu os clamores de Israel no Egito. Haverá de enviar libertação, ao enviar libertadores. É assim que Ele age entre os homens. Revista fé para hoje!