“Alegrai-vos sempre no SENHOR; outra vez digo,
alegrai-vos.” Filipenses 4.4
Os
ímpios vivem na busca incessante da alegria, mas nunca a encontram. Cansam-se nesta busca, mas o fazem em vão,
porque o coração deles se afastou do Senhor, voltando-se a este mundo. No outro
extremo há certos crentes (menos esclarecidos) que imaginam que alegrar-se é
pecado. Eles imaginam que os sentimentos de alegria são produzidos pelo diabo,
que se disfarça de anjo de luz. Concluem que a felicidade em um mundo de
pecado, como o nosso, é quase um tipo de iniquidade. Julgam ser presunção
regozijar-se no conhecimento de que seus pecados foram perdoados. Um outro
ângulo pelo qual se pode ver a questão é que: “a alegria cristã é somente para
p futuro”. Nesta vida, aqui neste mundo de pecado, sofrimento e ilusão, não
existe alegria. Assim. O cristão vive aguardando o céu, onde aí sim, terá
alegria.
Mas
a Palavra de Deus diz: “Regozijai-vos sempre” (1 Ts 5.16). Sem dúvida é seguro
fazer o que Deus nos ordenou. O Senhor nunca estabeleceu qualquer embargo
contra a alegria. É Satanás quem se esforça por fazer-nos “penduraras nossas
harpas”. Não existe qualquer preceito nas Escrituras que nos ordene:
“Entristecei-vos sempre no Senhor: outra vez digo, entristecei-vos”. Pelo
contrário, há exortação: “Exultai, ó justos, no Senhor! Aos retos fica bem
louvá-lo” (Sl 33.1). Se você é crente, Cristo lhe pertence, e tudo quanto se
acha nEle também é seu. Ele nos convida para uma festa. Isaías 55.2, diz: “Ouvi-me
atentamente, comei o que é bom e vos deleiteis com finos manjares”. A igreja
primitiva era uma igreja alegre (At 2.46-47). A ordem de alegrar-se não foi
dada àqueles que estavam no céu, e sim para os santos que ainda vivem na terra.
Assim, as Escrituras nos ensinam que:
1. A alegria é um dever do crente. (Fp
4.4)
Trata-se de um dever pessoal, presente e permanente
para todos que fazem parte do povo de Deus. O Senhor não nos deixou ao nosso
bel prazer o ficarmos alegres ou tristes; antes, ele estabeleceu que a
felicidade é um dever para nós. Não regozijar-se é pecado de omissão. Mas é
claro que não devemos pensar em alguma alegria carnal, contrária à natureza de
Deus.
2. O Segredo da alegria verdadeira. (1Jo
1.3-4)
Quando consideramos quão ínfima e quão superficial é a nossa comunhão com Deus, não admiramos
que muitos crentes se sintam destituídos de alegria. “Alegrai-vos sempre no Senhor”. Não há outro objeto em que
podemos nos regozijar “sempre”. Todas as aoutras coisas são inconstantes. O que
nos agrada hoje pode provocar-nos repulsa amanhã. Mas o Senhor é sempre o mesmo
e pode ser o motivo da nossa alegria nos tempos de adversidade, como nos tempos
de prosperidade (Hc 3.17-18).
3. O grande valor da alegria. (Ne 8.10).
Se nossa alma estiver descansando em Cristo, se o nosso
coração estiver repleto de alegria, o nosso trabalho será fácil (1Co 10.31),
nossos deveres nos parecerão agradáveis, as tristezas nos parecerão
suportáveis, não haverá lugar para ansiedade, e a constância será possível.
Rev. Jonas M. Cunha