“...Nos tem sido doadas as suas preciosas e mui grandes
promessas...”2 Pedro 1.4
As
promessas de Deus registradas nas Escrituras tornam conhecidas e manifestam o
amor de Deus ao seu povo. Elas são testemunhos externos do Seu coração, o qual,
desde a eternidade, os ama e determinou previamente todas as coisas em favor
deles. Por meio delas os redimidos podem ficar certos da vontade de Deus, em
Cristo, a respeito deles, para que gozem de comunhão com Deus em todo o tempo,
não importando quais sejam a condição e as circunstâncias deles. As promessas
divinas são declarações de que Deus nos dará algum bem ou removerá algum mal.
Segundo Spurgeon: elas “procedem de um grande Deus, dirigem-se a grandes
pecadores, operam em nosso favor grandes resultados e abordam grandes questões”.
1. A Bíblia revela que as promessas pertencem exclusivamente àqueles
que estão em Cristo. (2 Co 1.20)
Embora o intelecto natural seja capaz de perceber muito
dessa grandeza, somente o coração regenerado pode sentir o gosto das inefáveis
promessas de Deus. Tanto as promessas
como as bênçãos prometidas são entregues ao Senhor Jesus e dadas aos santos por
meio dele (Jesus é o Mediador entre o Deus santo e os pecadores). Então,
aqueles que não estão em Cristo não possuem nenhum benefício, antes a sua
porção são as ameaças divinas, e não as promessas de Deus (Ef 2.12).
As Escrituras nos capacitam a fazer das promessas de Deus nosso apoio.
Elas consolam nosso coração e desenvolvem nossa fé. É
impressionante o grande número de promessas que ignoramos. Seu conhecimento nos ajudaria muito, e nos
fortaleceria nos momentos difíceis, nos traria paz em momentos de
tempestades. João 6.27 – somente quando
as promessas divinas são entesouradas em nossa mente, o Espírito as traz à
nossa memória nas ocasiões de desânimo, quando nos são mais necessárias (Josué
1.1-10).
3. Obtemos verdadeiro proveito da Palavra quando nos utilizamos
corretamente das suas promessas.
Isto não significa sair dizendo para as pessoas que se
elas aceitarem a Cristo serão curadas, ficarão ricas e não terão mais
problemas. Num momento muito difícil o profeta Jeremias disse: “Quero trazer a
memória o que me pode dar esperança” (Lamentações 3.21). Se Deus já nos
prometeu abençoar, não precisamos pedir que nos abençoe, mas apenas dizer:
“Faze como falaste” (2 Samuel 7.25). É o tomar posse, apropriar-nos das
promessas (“Todo lugar que pisar a planta do vosso pé, vo-lo tenho dado...”).
Com frequência Deus nos faz esperar para que a paciência seja “aperfeiçoada”
(Habacuque 2.3). Várias finalidades são alcançadas por Deus quando Ele “demora”
no cumprimento de suas promessas. Vale lembrar também que existem promessas
incondicionais como existem promessas condicionais. “Somente quando cumprimos
as exigências de uma promessa condicional podemos esperar que tal promessa se
realize para nós (Spurgeon).
“Fé é se
lembrar de que no Reino de Deus tudo é baseado em promessas e não em
sentimentos”. Rev. Jonas M. Cunha