quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

As Escrituras e as Boas Obras

“Sejam solícitos na prática de boas obras”.Tito 3.8 b


Se por um lado, é erro sério atribuir a nossa justificação diante de Deus a qualquer realização pessoal, por outro lado, são igualmente culpados de erro aqueles que negam que as boas obras são necessárias para chegarmos ao céu.
A Palavra de Deus nos ensina:
1. Qual é o verdadeiro lugar das boas obras.
O mesmo evangelho que declara que a salvação vem pela graça gratuita de Deus, mediante a fé no sangue de Cristo, independentemente das obras, é o mesmo evangelho que nos assegura que, sem a santificação, nenhum homem jamais verá a Deus. O coração dos homens regenerados são profunda e eficazmente influenciados pela autoridade e os mandamentos de Deus, de modo a se inclinarem à obediência. Existe uma conexão inseparável que Deus estabeleceu entre a nossa justificação e a nossa santificação – Rm 6.1-3.
2. A absoluta necessidade das boas obras.
A vida que os santos desfrutarão nos lugares celestiais será a consumação e a continuação daquela vida que viveram neste mundo após terem sido regenerados (Pv 4.18). Se alguém não estiver andando com Deus neste nível terreno, também não habitará com Ele nos céus. Se alguém não odiou o pecado e não amou a santidade antes da morte, certamente não o fará depois dela.
3. Qual é o desígnio das boas obras.
Os discípulos de Cristo precisam confirmar sua profissão cristã pelo testemunho de sua vida, a fim de que os homens possam ver as boas obras do crente. É assim que nosso Pai, que está nos céus, pode ser glorificado (Mt 5.16). A honra de Deus é o desígnio fundamental das boas obras. As boas obras visam chamar a atenção dos homens não para nós, e sim para Deus.
4. A verdadeira natureza das boas obras.
Só quando o Espírito Santo vivificar os indivíduos não regenerados transparecerá claramente que as boas obras são somente aquelas realizadas em obediência à vontade de Deus (Rm 6.16), baseadas no princípio de amor a Ele (Hb 10.24), em nome de Cristo (Cl 3.17) visando sempre à glória de Deus (1 Co 10.31). Isto é exemplificado na vida de Cristo.
5. Qual a verdadeira fonte das boas obras.
Os homens não regenerados não têm capacidade de realizar obras de modo espiritual (Rm 3.12; 8.7).  E os próprios crentes não são capazes de boa obra por si mesmos (2 Co 3.5), porque é Deus quem opera neles “tanto o querer como o realizar” (Fp 2.13). Além de ser regenerado, e necessário que a graça de Cristo seja implantada em nossos coração pelo Espírito. Sem Cristo nada podemos fazer (Jo 15.5).
6. Qual a grande importância das boas obras.
Por meio delas Deus é glorificado (Mt 5.16), silenciamos os que nos difamam (1 Pe 2.12), e evidenciamos a genuinidade de nossa fé (Tg 2.13-17).
7. Qual é o verdadeiro alvo das boas obras. Glorificar a Deus (Cl 1.10).                
Rev. Jonas M. Cunha