“Sejam solícitos na prática de boas obras”.Tito 3.8 b
Se por um lado, é erro sério atribuir a nossa
justificação diante de Deus a qualquer realização pessoal, por outro lado, são
igualmente culpados de erro aqueles que negam que as boas obras são necessárias
para chegarmos ao céu.
A Palavra de Deus nos ensina:
1. Qual é o verdadeiro lugar das boas obras.
O mesmo evangelho que declara que a salvação vem pela
graça gratuita de Deus, mediante a fé no sangue de Cristo, independentemente
das obras, é o mesmo evangelho que nos assegura que, sem a santificação, nenhum
homem jamais verá a Deus. O coração dos homens regenerados são profunda e
eficazmente influenciados pela autoridade e os mandamentos de Deus, de modo a
se inclinarem à obediência. Existe uma conexão inseparável que Deus estabeleceu
entre a nossa justificação e a nossa santificação – Rm 6.1-3.
2. A absoluta necessidade das boas obras.
A vida que os santos desfrutarão nos lugares celestiais será
a consumação e a continuação daquela vida que viveram neste mundo após terem
sido regenerados (Pv 4.18). Se alguém não estiver andando com Deus neste nível
terreno, também não habitará com Ele nos céus. Se alguém não odiou o pecado e não
amou a santidade antes da morte, certamente não o fará depois dela.
3. Qual é o desígnio das boas obras.
Os discípulos de Cristo precisam confirmar sua
profissão cristã pelo testemunho de sua vida, a fim de que os homens possam ver
as boas obras do crente. É assim que nosso Pai, que está nos céus, pode ser
glorificado (Mt 5.16). A honra de Deus é o desígnio fundamental das boas obras.
As boas obras visam chamar a atenção dos homens não para nós, e sim para Deus.
4. A verdadeira natureza das boas obras.
Só quando o Espírito Santo vivificar os indivíduos não
regenerados transparecerá claramente que as boas obras são somente aquelas
realizadas em obediência à vontade de Deus (Rm 6.16), baseadas no princípio de
amor a Ele (Hb 10.24), em nome de Cristo (Cl 3.17) visando sempre à glória de
Deus (1 Co 10.31). Isto é exemplificado na vida de Cristo.
5. Qual a verdadeira fonte das boas obras.
Os homens não regenerados não têm capacidade de
realizar obras de modo espiritual (Rm 3.12; 8.7). E os próprios crentes não são capazes de boa
obra por si mesmos (2 Co 3.5), porque é Deus quem opera neles “tanto o querer
como o realizar” (Fp 2.13). Além de ser regenerado, e necessário que a graça de
Cristo seja implantada em nossos coração pelo Espírito. Sem Cristo nada podemos
fazer (Jo 15.5).
6. Qual a grande importância das boas obras.
Por meio delas Deus é glorificado (Mt 5.16), silenciamos os que nos
difamam (1 Pe 2.12), e evidenciamos a genuinidade de nossa fé (Tg 2.13-17).
7. Qual é o verdadeiro alvo das boas obras. Glorificar a Deus (Cl 1.10).
Rev. Jonas M. Cunha