quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

CAIU A FICHA

“Jesus lhes disse:apascenta as minhas ovelhas..” João 21.17 b

Há algum tempo, tive a oportunidade de viajar pelos Andes de ônibus. Foi uma viagem bem interessante. Naturalmente, os trajetos tomaram um longo tempo, mas tive o privilégio de ver muitas coisas que de outra forma não veria. Atravessei os salares (parece um mar de tão plano e extenso, o solo é sal puro), parei nos oásis (um espetáculo indescritível), passei por picos nevados. Em muitos trechos, a estrada parecia flutuar sobre os penhascos.
No meio de tanta areia e pedras, pude constatar que onde há água há vida. Esse é um daqueles princípios que conhecemos intelectualmente, mas nada melhor do que ver algo que confirme o princípio. É impressionante ver a vida no meio do deserto. Passei por longas estradas em terreno plano. Ao lado dessas estradas, era comum ver um pastor ou pastora cuidando de ovelhas. A cena se repetia: uma pessoa solitária, estática, que observava o ônibus passando, e um bando de ovelhas comendo a vegetação rala.
Comecei a imaginar que, tirando a estrada asfaltada e os veículos, esse era o cenário na Palestina no tempo de Jesus. Apascentar as ovelhas foi o mandamento que Jesus deu a Simão Pedro após perguntar se o amava. Após ver a cena dos pastores e das ovelhas tantas vezes,de fato, parecia um videoteipe, com ligeiras variações de cenário. Então, tive um clique. A ficha caiu. Vi que eram as ovelhas que se alimentavam. Não era o pastor que preparava o alimento e dava na boca das ovelhas. Ele apenas conduzia o rebanho de um lugar para outro.
O pastor conduzia as ovelhas aos pastos verdejantes, às águas tranqüilas, cuidava da sua segurança, mas eram elas que se alimentavam. Foi uma descoberta. Eu tinha uma interpretação a respeito das responsabilidades dos pastores e dos crentes, mas ficou claro, pelo que vi nos campos, que os crentes são responsáveis por mastigar e deglutir o alimento que está a sua disposição. O pastor não é responsável por oferecer o alimento prontinho na boca de cada crente.
Creio que muitos de nós não interpretamos a ordem de apascentar as ovelhas de forma totalmente correta. Há uma idéia generalizada de que pastor bom é aquele que prepara bem a comida e a dá na boca de cada crente. Se for “mastigada”, melhor ainda. Não estou dizendo que um bom pastor não precisar pregar bem ou dar boas aulas; estou dizendo que cabe ao crente o esforço de se alimentar e crescer. Como crescer na graça e no conhecimento do nosso Senhor sem a meditação na Palavra, o devocional e a oração?
Lamento o fato de os crentes não terem progredido. Aos Hebreus foi preciso ensinar de novo “os princípios elementares dos oráculos de Deus”. Cabia a eles ter aprendido os princípios. É função das ovelhas se alimentarem, crescerem, se manterem saudáveis e se multiplicarem.
Rev. Jonas M. Cunha (extraído de Cada dia com Deus)

“Completai a minha alegria, de modo que penseis a mesma cousa, tenhais o mesmo amor, sejais unidos de alma, tendo o mesmo sentimento..”Filipenses 2.2
A jornalista e filósofa Lia Diskin, no Festival Mundial da Paz, em Floripa (2006), nos presenteou com um caso de uma tribo na África chamada Ubuntu.
Ela contou que um antropólogo estava estudando os usos e costumes da tribo e, quando terminou seu trabalho, teve que esperar pelo transporte que o levaria até o aeroporto de volta pra casa. Sobrava muito tempo, mas ele não queria catequizar os membros da tribo; então, propôs uma brincadeira pras crianças, que achou ser inofensiva.
Comprou uma porção de doces e guloseimas na cidade, botou tudo num cesto bem bonito com laço de fita e tudo e colocou debaixo de uma árvore. Aí ele chamou as crianças e combinou que quando ele dissesse "já!", elas deveriam sair correndo até o cesto, e a que chegasse primeiro ganharia todos os doces que estavam lá dentro.
As crianças se posicionaram na linha demarcatória que ele desenhou no chão e esperaram pelo sinal combinado. Quando ele disse "Já!", instantaneamente todas as crianças se deram as mãos e saíram correndo em direção à árvore com o cesto. Chegando lá, começaram a distribuir os doces entre si e a comerem felizes.
O antropólogo foi ao encontro delas e perguntou porque elas tinham ido todas juntas se uma só poderia ficar com tudo que havia no cesto e, assim, ganhar muito mais doces.
Elas simplesmente responderam: "Ubuntu, tio. Como uma de nós poderia ficar feliz se todas as outras estivessem tristes?"
Ele ficou desconcertado! Meses e meses trabalhando nisso, estudando a tribo, e ainda não havia compreendido, de verdade,a essência daquele povo. Ou jamais teria proposto uma competição, certo?
Ubuntu significa: "Sou quem sou, porque somos todos nós!"
Atente para o detalhe: porque SOMOS, não pelo que TEMOS... UBUNTU PARA VOCÊ!
Fonte: www.bbnradio.org
Rev. Jonas M. Cunha

“E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória....”
João 1.14


Dê um CLIQUE DUPLO neste Natal!
ARRASTE JESUS para seu DIRETÓRIO PRINCIPAL.
SALVE-O em todos os seus ARQUIVOS PESSOAIS.
SELECIONE-O como seu DOCUMENTO MESTRE.
Que Ele seja seu MODELO para FORMATAR sua vida;
JUSTIFIQUE-a e ALINHE-a Á DIREITA E À ESQUERDA,
Sem QUEBRAS na sua caminhada.
Que Jesus não seja apenas um ÍCONE, um ACESSÓRIO,
Uma FERRAMENTA, um RODAPÉ,
Mas o CABEÇALHO, a LETRA CAPITULAR,
A BARRA DE ROLAGEM de seu caminhar.
Que Ele seja a FONTE de graça
Para sua ÁREA DE TRABALHO,
O PAINTBRUSH para COLORIR seu sorriso,
A CONFIGURAÇÃO de sua simpatia,
A NOVA JANELA para VISUALIZAR
O TAMANHO de seu amor,
O PAINEL DE CONTROLE,
Para CANCELAR seus RECUOS,
COMPARTILHAR seus RECURSOS e
ACESSAR o coração de suas amizades.
COPIE tudo que é bom ...
Rev. Jonas M. Cunha (extraído)

domingo, 4 de dezembro de 2011

O nascimento de João Batista

"Porque para Deus não haverá impossíveis em todas as suas promessas.“ Lucas 1.37
            Zacarias era sacerdote e Isabel, sua mulher, prima de Maria.  Eles sempre pediram a Deus um filho, mas já estavam velhos e nada de o filho chegar.  Quando já haviam perdido a esperança, o anjo Gabriel aparece a Zacarias no templo e o informa que sua mulher daria à luz um filho, a quem daria o nome de João.  Este seria grande diante do Senhor, cheio do Espírito Santo desde o ventre, e converteria muitos dos filhos de Israel ao Senhor, pois seria o precursor do Messias.
           Se Deus parece ter chegado adiantado a Maria, pois não era ainda casada, parece que chegou atrasado a Isabel, pois já estava avançada em idade.  Mas, o mesmo Deus que realiza o milagre do nascimento virginal de Jesus, abre também o ventre de Isabel para conceber João Batista.   O Deus todo-poderoso é quem realiza esse duplo milagre na preparação do Natal.  O anjo Gabriel mui apropriadamente, diz a Maria: “Porque para Deus não há impossíveis em todas as suas promessas”.  O mesmo Deus que operou maravilhas no passado pode também fazer maravilhas hoje e isso em sua vida!
Pai, sei que tudo pode e nenhum dos teus planos pode ser frustrado.  Portanto, estende a tua mão, toca o meu coração, age e faz um milagre em minha vida.  Em nome de Jesus. Amém.
Rev. Jonas M. Cunha
(Extraído do CADA DIA de Natal)

A Ceia do Senhor

Pois, quem come e bebe, sem discernir o corpo, como e bebe juízo para si.“
1 Coríntios 11.29


Alguém que professa a fé, e deseja participar da Ceia do Senhor, pode ser excluído dela?
Resposta: Os que foram achados ignorantes ou escandalosos, não obstante a sua profissão de fé e o desejo de participar da Ceia do Senhor, podem e devem ser excluídos desse sacramento, pelo poder que Cristo legou à sua Igreja, até que recebam instrução e manifestem mudança.
(1 Co 11.29; 1 Co 5.11; Mt 7.6; 1 Co 5.3-5; II Co 2.5-8)
Que se exige dos que recebem o sacramento da Ceia do Senhor, na ocasião de sua celebração?
Resposta: Exige-se dos que recebem o sacramento da Ceia do Senhor que, durante a sua celebração, esperem em Deus, nessa ordenança, com toda a santa reverência e atenção; que diligentemente observem os elementos e os atos sacramentais; que atentamente discriminem o corpo do Senhor, e, cheios de amor, meditem na sua morte e sofrimentos, e assim se despertem para um vigoroso exercício das suas graças, julgando-se a si mesmos e entristecendo-se pelo pecado; tendo fome e sede ardentes de Cristo, alimentando-se nele pela fé, recebendo da sua plenitude, confiando nos seus méritos, regozijando-se no seu amor, sendo gratos pela sua graça e renovando o pacto que fizeram com Deus e o amor a todos os santos.
(Gl 3.1; 1 Co 11.29; Lc 22.19; 1 Co 11.31; Zc 12.10; Sl 63.1; Gl 2.20; Jo 6.35; Jo 1.16Cl 1.19; Fp 3.9; 1 Pe 1.8; II Co 30.21; Sl 22.26; Jr 50.5; 1 Co 10.17).
Rev. Jonas M. Cunha
(Extraído do Catecismo Maior – perg. 173 e 174)

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

O homem como macho e fêmea

“O Senhor Deus declarou: Não é bom que o homem esteja só; farei para ele alguém que o auxilie e lhe corresponda”. Gênseis 2.18



Os leitores mais atentos provavelmente ficarão chocados com a declaração de Gênesis 2.18.  Seis vezes na narrativa da criação em Gênesis 1 nos deparamos com a expressão: “E viu Deus que era bom”.  Concluímos então que “Deus viu tudo o que havia feito, e tudo havia ficado muito bom” (v. 31).
            Agora, de repente, nos surpreendemos ao ler que algo “não é bom”.  Como pode haver algo que “não seja bom” na criação de Deus?  Resposta: não é bom que o homem esteja só, pois o homem sem a mulher é incompleto.
           Vale a pena chamar a atenção para o fato de que esta não é uma declaração absoluta, pois algumas pessoas são chamadas para permanecerem solteiras, como deixou claro o apóstolo Paulo (cf. 1 Co 7.7).  Além disso, Jesus, embora sendo perfeito em sua humanidade, permaneceu solteiro, o que indica que é possível ser humano e solteiro ao mesmo tempo! (cf. Mt 19.11-12).
           Retornando a Gênesis 2, lemos que Deus determinou dar a Adão uma companheira que lhe correspondesse.  Embora as duas palavras hebraicas usadas aqui possam ser traduzidas de várias maneiras, elas combinam os conceitos de parceria e adequação.  Não encontramos aqui nenhuma base para posições extremas, quer da supremacia masculina (homens dominando as mulheres) quer do feminismo radical (mulheres prescindindo dos homens), nem apoio para parceiros gays ou lésbicas.
           Seria um erro, no entanto, restringir a aplicação de Gênesis 2.18 ao casamento.  Calvino foi um dos comentaristas que observaram sua referência mais abrangente.  “A solidão não é boa”, ele escreveu.  Não é bom para nenhum ser humano estar só.  Deus nos fez seres sociais.  A amizade é um dom precioso de Deus.
Rev. Jonas M. Cunha
(Extraído de “A Bíblia Toda, o Ano Todo” – John Stott)

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Diagnóstico

"Aquele, pois, que pensa estar em pé veja que não caia”.  1 Coríntios 10.12


                Diagnóstico pode ser definido como: “qualificação dada por um médico a uma enfermidade ou estado fisiológico com base nos sintomas que observa”.  O sucesso no tratamento de uma enfermidade depende do diagnóstico ser feito com precisão, e o quanto antes a doença for diagnosticada, melhores chances haverá de cura.  Para fazer um diagnóstico correto, quase sempre o médico pede exames para poder ter certeza de qual enfermidade o paciente sofre e qual o tratamento adequado.
            Paulo escreve a I Carta aos Coríntios para orientar a igreja, fundada por ele, ao final de sua 2ª viagem missionária.  Corinto era uma cidade importante do Império Romano, rota comercial, e era também uma cidade rica, porém corrupta e idólatra.  Antes de mais nada, ele faz um diagnóstico do estado espiritual da igreja, conforme lemos em 1 Coríntios 3. versos 1 a 4.
           No verso 1 , ele diz que não pode falar-lhes “como a espirituais e sim como a carnais”.  O contraste que ele faz aqui não é para diferenciar os filhos de Deus e os filhos do maligno, como em outras partes da Bíblia. Paulo não está afirmando que eles não eram cristãos verdadeiros.  Isto fica claro pelo tratamento no início da carta (1 Co 1.2), como no início do próprio verso 1 do capítulo 3, onde ele chama os leitores de “irmãos”. Paulo também os compara à “crianças”, verso 1 parte final.  Ele os considerava “bebês espirituais”.  Na verdade então o contraste diz respeito a crentes maduros e crentes imaturos.
           No verso 2 o apóstolo diz que quando ele esteve em Corinto pela primeira vez, os crentes eram crianças na fé, e como tal, foram alimentados com alimento próprio de criança. Mas ele também diz “nem ainda agora podeis (suportar), porque ainda sois carnais”.  Apesar de haver passado três anos da 1ª visita do apóstolo à cidade de Corinto, não houve desenvolvimento espiritual neste período, e a igreja permanecia em sua infância espiritual.  O que levou o apostolo a concluir isto, era o estilo de vida que eles demonstravam: O verso 3 fala de “ciúme” e “contendas”, consideradas por ele em Gálatas 5.19 a 21, como obras da carne. E a partir daí eles viviam em divisão (verso 4).
           Se fossemos fazer um exame da situação espiritual da nossa igreja, qual seria o diagnóstico?
Rev. Jonas M. Cunha

O Cristão é como um Atleta

“Todo atleta em tudo se domina; aqueles, para alcançar uma coroa corruptível; nós, porém, a incorruptível”.
 1 Coríntios 9.25

              Recentemente acompanhamos os Jogos Pan-americanos que ocorreram no México, em que o Brasil ganhou muitas medalhas.  Paulo também estava bem familiarizado com as competições esportivas.  Ao escrever suas cartas, principalmente Coríntios, ele cita várias modalidades esportivas, e compara a vida cristã a uma competição.
           Ao comparar o cristão com o atleta, Paulo nos mostra alguns pontos importantes:
1º) Não basta começar (bem) a vida cristã, o que importa é prosseguir até ao fim. -1 Co 9.24.  Ele nos chama a atenção para a perseverança que devemos ter (1 Co 10.1-12).  Mostra que para um atleta chegar até o fim, ele tem que seguir normas, senão é desclassificado (II Tm 2.5).  Ele nos lembra que o estímulo para toda competição é o prêmio, que só se recebe ao final da prova (II Tm 4.7,8).
2º) É necessário esforçar-se.  Sem esforço, não se alcança a vitória. – 1 Co 9.25.  Os crentes devem aplicar-se para progredir na vida espiritual como se estivessem numa corrida.  “Todo atleta em tudo se domina” – Paulo evoca imagens de um longo treinamento, exercícios árduos, alimentação apropriada e descanso suficiente. Esforça-se ao máximo, dá o melhor de si.
3º) Assim, como no esporte, o crente precisa ter disciplina. 1 Co 9. 26,27.  E aqui Paulo usa a 1ª pessoa do singular, colocando-se como exemplo.  É necessário estar atento, de olho no objetivo, concentrado, sem deixar que nada o distraia.  Como boxeador, ele não desperdiça seus murros no ar, ao contrário, luta com propósito, precisão e habilidade. “Esmurro o meu corpo, e o reduzo a escravidão”.  Aqui ele indica que  exercita autocontrole e se dedica ao seu propósito. Ele cuida de seu estilo de vida de forma que ninguém o possa acusar: aquilo que ele lhes prega é realidade em sua vida pessoal.
Você está se aplicando?  Lembre-se que o céu é o lugar dos vencedores. 
Rev. Jonas M. Cunha

Reunião de Oração

“Porque a minha casa será chamada Casa de Oração para todos os povos.” Isaías 56.7 b


                Sei que você está cansado de ouvir: precisamos orar mais. Sei que você me considera um chato em ficar batendo nesta mesma tecla: precisamos orar mais.  Tudo bem, talvez o melhor caminho seja eu me dedicar à oração, e não ficar falando sobre oração com você.  Ao invés de “falar sobre oração     , eu devo é “falar em oração” com Deus, acerca de você.
              (...) Peço-lhe, apenas, uma última coisa: deixe-me publicar uma nota de falecimento que recebi esta semana.
           NOTA DE FALECIMENTO
          Faleceu, na Igreja dos negligentes e frios na fé, dona “Reunião de Oração”, que já estava enferma desde os primeiros séculos da era cristã.  Foi proprietária de grandes reavivamentos bíblicos e de grande poder e influência no passado.  Os médicos constataram que sua doença foi motivada pela “frieza de coração”, devido à falta de circulação do “sangue da fé”.  Constataram ainda: “dureza de joelhos” – não dobravam mais; “fraqueza de ânimo” e muita falta de boa vontade.  “Foi medicada, mas erroneamente, pois lhe deram grandes doses de “administração de empresa”, mudando-lhe  o regime; o xarope de “reuniões sociais” sufocou-a; deram-lhe “injeções de competições esportivas”, o que provocou má circulação nas amizades, trazendo ainda os males da carne: rivalidades, ciúmes, principalmente entre os jovens.  Administraram-lhe muitos “acampamentos”, e comprimidos de “clube de campo”.  Até cápsula de “gincana” lhe deram para tomar!  RESULTADO: Morreu Dona “Reunião de Oração”! A autópsia revelou: falta de alimentação, como “pão da vida”, carência de “água viva”, e ausência de vida espiritual.  Em sua memória, a Igreja dos negligentes, situada na Rua do Mundanismo, número 666, estará fechada nos cultos de 3ªs e 5ªs feiras; aos domingos, haverá Culto ou escola dominical, só pela manha, assim mesmo quando não houver dias feriados, emendando o lazer de sexta a segunda.  Vigília, nem pensar.  Agora, uma pergunta: “SERA QUE O LEITOR NÃO AJUDOU A MATAR A DONA “REUNIÃO DE ORAÇÃO”? (...)
Rev. Jonas M. Cunha (extraído do Boletim da I. P. Pinheiros)

A Ceia do Senhor

“Examine-se, pois, o homem a si mesmo, e assim coma do pão e beba do cálice.” 1 Coríntios 11.28

Os que recebem o sacramento da Ceia do Senhor, como devem preparar-se para o receber?
Resposta:
        Os que recebem o sacramento da Ceia do Senhor devem preparar-se para o receber, examinando-se a si mesmos, se estão em Cristo, a respeito de seus pecados e necessidades, da verdade e medida de seu conhecimento, fé, arrependimento e amor para com Deus e para com os irmãos; da caridade para com todos os homens, perdoando aos que lhes têm feito mal; de seus desejos de ter Cristo e de sua nova obediência, renovando o exercício destas graças pela meditação séria e pela oração fervorosa.”
(1 Co 11.28; 2 Co 13.5; 1 Co 5.7; Co 11.29; Mt 5.23,24; ...)
Uma pessoa que duvida de que esteja em Cristo, ou de que esteja convenientemente preparada, pode chegar-se à Ceia do Senhor?
Resposta:
      Uma pessoa que duvida de que esteja em Cristo, ou de que esteja convenientemente preparada para participar do sacramento da Ceia do Senhor, pode ter um verdadeiro interesse em Cristo, embora não tenha ainda a certeza disto; mas aos olhos de Deus o tem, se está devidamente tocada pelo receio da falta desse interesse, e sem fingimento seja ser achada em Cristo e apartar-se da iniqüidade.  Neste caso, desde que as promessas são feitas, e este sacramento é ordenado para o alívio dos cristãos fracos e que estão em dúvida, de lamentar a sua incredulidade e esforçar-se  para ter as suas dúvidas dissipadas; e, assim fazendo, pode e deve chegar-se à Ceia do Senhor para ficar mais fortalecida”.
(Is 50.10; Is 54.7,8,10; Sl 42.11; 2 Tm 2.19; Mt 26.28; Mc 9.24;...)
Rev. Jonas M. Cunha
(extraído do Catecismo Maior – perg. 171 e 172)

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Consumismo Infantil

“Pais...criai-os na disciplina e na admoestação do Senhor.” Efésios 6.4



Nenhuma criança nasce consumista. O consumismo torna-se um hábito mental maquinado, característica mais visível da sociedade atual. Não importa o gênero, a faixa etária, a nacionalidade, a crença ou o status social, nossa sociedade é altamente consumista. Somos fortemente impactados por todos os meios de comunicação, em especial a televisão e a internet, na intenção de nos tornarem cada vez mais consumidores inconseqüentes. As crianças não estão isentas desse mal e problemas relacionados na hora de comprar ou adquirir algo: obesidade infantil, erotização precoce, consumo precoce de tabaco, álcool e outras drogas, estresse familiar, banalização da agressividade e violência, egoísmo, jactância, etc. Assim sendo, o consumismo infantil é uma questão urgente, de extrema importância e interesse geral.
                Não tenha dúvida que para o mercado a criança é uma poderosa máquina de consumo, pois consegue influenciar os pais com seu “jeitinho” de pedir as coisas. É o que está sendo chamado de “Kids Power” por pesquisadores e profissionais da área. Segundo a Pesquisa “Hábitos e Consumo das Crianças nos Shopping Centers” da Escola Superior de Administração, Marketing e Comunicação (Esamc), “quando as crianças estão em um Shopping Center, elas fazem bem mais do que transformar os corredores, lojas e escadas rolantes em um grande parque de diversões. Elas estão cada vez mais poderosas, têm opinião formada e sabem muito bem o que procuram. Não é à toa que quando entram em um shopping influenciam 50% das decisões de compra de famílias das classes A e B”. Portanto, as crianças tornaram-se alvo importante para o mercado, pois além do que já foi dito, elas quando impactadas desde a infância tendem a ser mais fiéis a marcas e ao próprio hábito consumista que lhes é imposto.
              Dessa forma, o consumismo infantil acaba se tornando um problema que vai além da educação escolar e doméstica. Crianças que aprendem a consumir desenvolvendo valores distorcidos tornam-se um problema de ordem ética, econômica e social. Por isso, nós que somos cristãos, pais ou não, devemos combater qualquer tipo de comunicação mercadológica dirigida às crianças com o intuito do consumismo inconseqüente. A infância deve ser preservada em sua essência como o tempo indispensável e fundamental para a formação do caráter. A palavra de Deus diz: “Ensina a criança no caminho em que deve andar, e, ainda quando for velho, não se desviará dele”. Provérbios 22:6. Por isso, pais, antes mesmo de fazer as vontades de seus filhos e enche-los de presentes e outras coisas mais, instruam seus filhos para que sejam indivíduos conscientes e responsáveis, pois isso é a base de uma sociedade mais justa.
Rev. José Carlos – Secret. Geral do Trab. Infância da IPB

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Coerência

“Aquele que afirma que permanece [em Cristo] deve andar como ele andou.” 1 João 2.6


Em uma cidade no Canadá, um policial se envolveu com uma jovem que era testemunha num caso em que seis homicídios eram investigados.  De investigador passou a suspeito e, por falta de integridade, já não podia mais cumprir a tarefa para a qual fora designada.
No texto de Gênesis 17.1-8, Deus estabelece a sua aliança eterna com Abrão, que para isso precisava ser íntegro.  Ele falhara no passado e precisava renovar a sua fé no Senhor.  Foi convidado a ter uma vida que refletisse o pacto com Deus, tornando-se transmissor da promessa da vinda do Salvador, Jesus.  Para marcar sua mudança de vida, Deus deu-lhe um novo nome, Abraão.  Ele deveria seguir o exemplo de Noé, que era justo e íntegro, tendo se destacado no meio de um povo corrupto, pois andava com o Senhor (Gn 6.9).   Um dia, Abraão seria reconhecido como um homem de fé (Hb 11).
Na Bíblia, Deus sempre enfatizou a necessidade de coerência.  Israel foi escolhido como povo de Deus e por isso deveria viver de modo digno.   Os profetas também orientaram o povo a separar-se de tudo o que desagradasse ao Senhor.  Porém, com os anos Israel se acostumou com a prática do mal enquanto achava que era povo de Deus.  Confiavam nas tradições e na prática dos ritos da Lei, mas esqueciam a necessidade de uma vida integra.  Quando Jesus veio ao mundo, foi rejeitado e crucificado por aqueles que deveriam esperá-lo.  Como sempre, só uma minoria o seguiu pela fé.  Estes também foram orientados pelos apóstolos para que vivessem dignos da sua vocação em Cristo.
O versículo em destaque afirma que a vida do cristão deve estar em harmonia com o que ele diz.  Há uma música que anuncia:
“O viver fala mais do que todo nosso dizer” e alguém disse o seguinte: “Deixe que sua vida seja um bom testemunho – e use palavras, se forem necessárias”.  Com Cristo dominando nosso ser diariamente, as pessoas verão que seguimos seus passos.
“De cem homens, um lerá a Bíblia;
99 lerão o cristão” – Dwight Moody
Rev. Jonas M. Cunha(extraído de Pão Diário)

A Vontade Preceptiva de Deus

“Quando vier, porém, o Espírito da verdade, ele vos guiará a toda a verdade...”
 João 16.13a
Existem dois modos de Deus direcionar nossa vida: um é o direcionamento dado por meio das instruções que a Bíblia nos dá a respeito de decisões morais; o outro é a direção ou governo providencial de Deus, a ação de Deus que governa todas as coisas e faz com que todos os seus desígnios sejam cumpridos.
O primeiro está relacionado à vontade preceptiva de Deus, a vontade que está revelada em seus preceitos, isto é, em sua Palavra.  O segundo tem a ver com Sua vontade decretiva: com aquilo que ele decretou que acontecerá.
O direcionamento de nossa vida por meio da Escritura é uma obra realizada pelo Espírito Santo.  Ele indica ao cristão, na Bíblica, qual é a vontade de Deus para a vida humana com relação as decisões morais (Jô 16.13; 14.26; Rm 8.14).
Por meio da Escritura inspirada pelo Espírito podemos conhecer, com certeza absoluta qual caminho devemos seguir em muitas ocasiões.  A Bíblia está cheia de instruções que nos indicam, de forma clara e precisa, o que devemos fazer.
O Espírito nos orienta por meio de mandamentos, como os que encontramos nos 10 mandamentos, com instruções dos apóstolos, com o exemplo de homens e mulheres da Bíblia, e até com o exemplo de Cristo.
É necessário que nos dediquemos à leitura e ao estudo da Palavra de Deus.  Não basta conhecer umas poucas instruções.  Precisamos ser capazes de manuseá-la com sabedoria e habilidade.  Senão deixaremos de receber instruções preciosas que o Espírito já nos deu na Escritura.
A deficiência em conhecermos o conteúdo bíblico nos leva a pensar que a Bíblia não tem nada a dizer sobre muitas das decisões que temos que tomar no decorrer da vida.
Não fique esperando uma revelação do Espírito, pois ele já deu esta revelação.  É necessário que a leiamos e tenhamos Sua iluminação.
Rev. Jonas M. Cunha(adaptado)

A Ceia do Senhor

“Porque todas as vezes que comerdes este pão e beberdes o cálice, anunciais a morte do Senhor, até que ele venha.” 1 Coríntios 11.26
O que é a Ceia do Senhor?
Resposta:A Ceia do Senhor é um sacramento do Novo Testamento no qual, dando-se e recebendo-se pão e vinho, conforme a instituição de Jesus Cristo, é anunciada a sua morte; e os que dignamente participam dele, alimentam-se do corpo e do sangue de Cristo para sua nutrição espiritual e crescimento na graça; têm a sua união e comunhão com ele confirmadas; testemunham e renovam a sua gratidão e consagração a Deus e o seu mútuo amor uns para com os outros, como membros do mesmo corpo místico.
(1 Co 11.26; Mt 26.26,27; 1 Co 11.23-27; 1 Co 10.16-21.)
Como se alimentam do corpo e do sangue de Cristo os que dignamente participam da Ceia do Senhor?
Resposta:Desde que o corpo e o sangue de Cristo não estão nem corporal, nem carnalmente, presentes no, com ou sob o pão e o vinho na Ceia do Senhor, mas, sim, espiritualmente à fé do comungante, não menos verdadeira e realmente do que estão os mesmos elementos aos seus sentidos exteriores, assim os que dignamente participam do sacramento da Ceia do Senhor se alimentam do corpo e do sangue de Cristo, não de uma maneira corporal e carnal, mas espiritual, contudo verdadeira e realmente, visto que pela fé recebem e aplicam a si mesmos o Cristo crucificado e todos os benefícios de sua morte.
(At 3.21; Gl 3.1; Hb 11.1; Jô 6.51,53; 1 Co 10.16).
Rev. Jonas M. Cunha (extraído do Catecismo Maior – perg, 168 e 170)

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Permanecer em Cristo

“Permaneçam em mim e eu permanecerei em vocês.” João 15.4a


“Permaneçam em mim” foi a ênfase de Jesus como a necessidade primordial em seu discurso no cap. 15 do evangelho de João.
Se Cristo é o tronco da videira e nós os seus ramos, sem dúvida é necessário, acima de tudo, permanecermos na videira para que possamos produzir furtos.  Não podemos imaginar um ramo dando seu fruto desligado da videira.  Um ramo separado da videira é um ramo morto, sem vida.
De igual modo, se como cristãos desejarmos produzir frutos em nossa vida espiritual, como de fato é o desejo do nosso Pai Celestial, é imprescindível, permanecermos unidos a Cristo.
Este é o milagre dos milagres! A vida de Cristo em nós: seu desejo, nosso desejo; seu propósito, nosso propósito, sua obra, nossa obra; seus ideais, nossos ideais! Assim como o ramo não pode produzir sem o tronco e a lua não daria nenhuma luz, sem o sol, os cristãos também não podem viver sem Cristo, “pois sem mim vocês não podem fazer coisa alguma” (v. 5b).
Tão verdadeiramente como Cristo revelou o Pai neste mundo, cumprindo o seu mandato, fazendo a sua vontade e o seu trabalho, os cristãos deveriam refletir a perfeição do Mestre, na palavra, no pensamento, nos atos, vivendo como ele viveu.  É o que nos diz a Palavra de Deus: “Sejam imitadores de Deus, como filhos amados, e vivam em amor, como também Cristo nos amou e se entregou por nós como oferta e sacrifício de aroma agradável a Deus” (Ef 5. 1, 2). “Permaneçam em mim” – os frutos da nossa vida dependem dessa íntima relação, sem a qual nenhum cristão será útil.
Portanto, não seja você inativo, nem infrutífero na igreja de Deus pela negligência ou indiferença.  Permaneça em Cristo Jesus, mantendo o contato com ele e obedecendo às suas instruções, e assim produza frutos, muitos frutos para o reino de Deus.
Permanecer em Cristo é condição primordial para produzir frutos espirituais.
Rev. Jonas M. Cunha (extraído de Pão Diário)

“O Espírito Santo e a Revelação Especial”

Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça.”  2 Timóteos 3.16

A Bíblia não é um livro como outro qualquer.  Embora tenha sido escrita por seres humanos, foi inspirada por Deus (2 Tm 3.16).  Literalmente = “soprada” por Deus.
Por Sua livre graça e por Sua providência soberana, Deus concedeu uma revelação totalmente fiel de Si mesmo, levando escritores humanos a prepararem o registro dessa revelação em linguagem humana.  É isto que também afirma o apóstolo Pedro (2 Pe 1.20-21).
"Homens santos falaram” – embora tenha origem divina, a revelação bíblica foi registrada por homens escolhidos por Deus para isso.  A Bíblia não foi escrita em língua de anjo, nem em códigos indecifráveis, mas na língua falada pelo povo.  Os escritores eram tão seres humanos quanto nós: falavam em linguagem humana, viviam no mundo dos seres humanos e interagiam com seres humanos, com sociedades humanas e com o mundo ao seu redor.
A doutrina bíblica da inspiração está fortemente baseada na própria Escritura, porque só é possível temos conhecimento de Deus através daquilo que Ele mesmo nos revela, seja nas obras de criação e providência (chamada revelação geral), ou na Escritura (revelação especial).
Mais especificamente, a obra de inspiração das Escrituras é uma obra importante da 3ª pessoa da Trindade, o Espírito Santo.  É Ele que garante a veracidade daquilo que é revelado e também a fidelidade e exatidão do meio empregado para fazer com que essa revelação seja transmitida no decorrer dos tempos.
“...Da parte de Deus, movidos pelo Espírito Santo” (2 Pe 1. 21).  Apesar dos escritores bíblicos terem liberdade para se expressarem e registrarem de forma variada a revelação de Deus, mantendo  características próprias de acordo com seu estilo, nenhum deles teve liberdade para criar suja própria mensagem. Por isso dizemos que Deus (Espírito Santo) é o próprio autor da Bíblia.
Rev. Jonas M. Cunha (adaptado)

“Oração e ação”

Porém nós oramos ao nosso Deus e, como proteção, pusemos guarda contra ele, de dia e de noite.”  Neemias 4.9

Parece piada, mas não é.  Quem me contou estava presente.  Certa ocasião, o missionário A. Bem Oliver, acompanhado de outros irmãos no trabalho missionário que realizava entre as ilhas do litoral paranaense em torno de Paranaguá, enfrentou uma grande tempestade em um pequeno barco a remo.
Em determinado momento, um dos que estava no barco assustado com a tempestade, perguntou: Pr. Oliver, não seria melhor pararmos para orar?  Ao que ele respondeu com seu característico sotaque americano: irmão, vamos orando e remando..., oraaando e remaaando..., e assim foram até chegar a um lugar seguro.
Para alguns esta atitude pode parecer estranha, pois separam oração de ação.  Imaginam que agir depois de orar seja falta de fé.  Mas não é assim.  Como se percebe no texto bíblico base desta meditação, o grande líder Neemias, homem de muita oração e ação, não as separava.  Diante das ameaças de seus inimigos, prontos para invadir a cidade fragilizada, com seus muros destruídos, não titubeou: colocou o problema diante de Deus em oração e, ao mesmo tempo, estabeleceu guardas de dia e de noite para a proteção do povo.
Existem ocasiões em que só podemos orar, mas não é bíblico deixar de fazer a nossa parte quanto esta é possível.  Assim, oremos pelos enfermos, mas também lancemos mão dos remédios e da ajuda médica; oremos por missões, mas também ofertemos e enviemos missionários; oremos pela conversão de nossos queridos, mas, ao mesmo tempo , compartilhemos com eles o Evangelho; oremos pelo pão de cada dia, como o Senhor nos ensinou, mas trabalhemos por ele, como a Bíblia nos ordena.
Enfim, se for possível, vamos orar e agir, fazer tudo o que está ao nosso alcance.  Lembremos da Bíblia e do exemplo do missionário Oliver.  Diante das dificuldades e desafios da vida, sigamos orando e remando, orando e remando, orando e ...
A oração não nos dispensa de agir
Dentro de nossas possibilidades.
Rev. Jonas M. Cunha (extraído de Pão Diário)

domingo, 9 de outubro de 2011

“A Festa de Pentecostes”

“Ao cumprir-se o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar... Todos ficaram cheios do Espírito Santo...”Atos 2.1 e 4
A festa de Pentecostes foi instituída por Deus através de Moisés – Levítico 23.15-25.  Ela recebe este nome porque tinha que ser realizada 50 dias após a festa da Páscoa. 
A primeira festa que Israel deveria celebrar era a Páscoa, como um memorial da libertação dos hebreus do cativeiro egípcio, e que, ao mesmo tempo, tipificava a morte vicária de Cristo.  Esta festa era seguida da festa das Primícias, na qual o molho das primícias era um tipo da ressurreição do Senhor.  Depois da morte e ressurreição de Cristo, vem a descida do Espírito Santo, tipificada pela festa do Pentecostes.
Na festa de Pentecostes eram oferecidos pães com fermento (Lv 23.17).  Por ser um símbolo do pecado, era proibido em todas as outras festas. Isto nos revela que Deus reconhece a existência do pecado em seu povo.  Esse pecado, que é uma realidade na vida dos servos do Senhor, continuaria sendo realidade mesmo durante e depois da Festa de Pentecostes.  E mesmo depois da descida do Espírito Santo o cristão continua sendo um pecador (1 Jo 1.8-10).
O Espírito Santo não desceu no dia de Pentecostes para erradicar a realidade do mal existente na natureza humana, mas para plantar a semente da santificação no coração dos cristãos de todas as épocas e lugares, capacitando-os a viver pela fé e, de acordo com esta fé, batizá-los em um só corpo, cuja cabeça vive no céu.
Observe que os “pães movidos” tinham que ser oferecidos juntamente com o sacrifício de 7 cordeiros, 1 novilho e 2 carneiros. O sacrifício desses animais era um tipo do sacrifício de Cristo (Lv 23.18), que foi a obra de Deus em função da qual o perdão pelos pecados de seu povo foi assegurado.
Portanto, embora a festa de Pentecostes fale sobre o pecado humano, ela também aponta para o perdão de Deus, garantido pela obra substitutiva de Cristo.  Por meio da obra regeneradora e santificadora do Espírito Santo, é a perfeição de Cristo, e não a iniqüidade humana, que fica sempre diante de Deus.
O povo reunido para a celebração da festa de Pentecostes era uma figura da união do povo de Deus pelo Espírito Santo.  Nela identificamos a união do povo de Deus e a aplicação da obra realizada por Cristo ao pecador eleito.  Não poderia existir ocasião mais oportuna para a descida definitiva do Espírito Santo.       
Rev. Jonas M. Cunha (adaptado)

sábado, 9 de julho de 2011

“O Derramamento do Espírito Santo”

“Todos, atônitos e perplexos, interpelavam uns aos outros: Que quer isto dizer?”Atos 2.12

Por que o Espírito Santo tinha que ser derramado?  Estas e outras importantes perguntas estão envolvidas no tema.  Em primeiro lugar veremos a Sua atuação antes e depois de Pentecostes:
                1. A obra do Espírito Santo neste mundo não se iniciou no Pentecostes, pois sendo Deus, Ele existe desde a eternidade e iniciou Sua obra aqui na Criação e sempre esteve presente nele (Sl 139. 7,8).  Porém há diferença entre a Sua obra antes e depois do seu derramamento sobre os cristãos.
               2. No Antigo Testamento vemos o Espírito Santo agindo para conceder às pessoas alguns dons, mas sempre de modo externo. Exemplos: Otniel – Jz 3.10; Gideão – Jz 6.34; Jefté – Jz 11.29; Sansão – Jz13.25; 14.6, 19; 15.19).  O Espírito concedia a cada pessoa uma capacitação especial para o cumprimento de uma missão específica e muito importante para o povo da aliança.  Em êxodo 35.30-36.1, O vemos capacitando Bezalel e Aoliabe para realizarem importantes trabalhos envolvidos na construção do tabernáculo.  Também os profetas recebiam capacitação para anunciarem, com ousadia e fidelidade a Palavra de Deus, para orientação do povo, e inspirarão da Escritura (Ez 11.5; Mq 3.8).                  
                3. A expressão “operações externas” refere-se somente à capacitação dada pelo Espírito a algumas pessoas para a realização de importantes trabalhos, mas não se refere à ação interna e regeneradora do Espírito; no entanto alguns foram regenerados, como é o caso de Davi, Ezequiel e Miquéias, porém no caso de Saul, a operação se limitou a conceder capacitação específica, sem a operação regeneradora.
               4. Após o derramamento do Espírito ocorreram duas mudanças importantes:
a) Ele deixa de agir apenas sobre alguns indivíduos especialmente chamados para a realização de tarefas importantes e passa a agir em todos os membros do Corpo de Cristo, concedendo a cada um deles dons espirituais.
b) Antes o Espírito ficava no meio de Israel, porém no Novo Testamento Paulo diz que o Espírito mora dentro dos crentes (1Co 3.16; 6.19), de modo que a bênção da nova aliança é maior que a da antiga.
 Rev. Jonas M. Cunha (adaptado)

“Rosto ao Chão”

“Logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que, agora, tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim.”  Gálatas 2.20


No mais profundo do meu coração,
Ardente é uma tão forte inquietação:
Qual é, de fato, o significado
De eu ter a Jesus Cristo encontrado?

Saber que obtive a salvação,
Do vil pecado e eterna perdição;
Que estou em Cristo já crucificado,
E nele estou também, ressuscitado;

Tem produzido em mim transformação
Para que eu honre o nome de cristão?
Caminho no real discipulado
Vivendo apenas para o seu agrado?

Inclino-me, coloco o rosto ao chão,
E faço ao Deus eterno esta oração:
Que mais de Cristo, em mim seja achado,
Que para a tua glória eu seja usado

Gilberto Celeti
(supreintende nacional da APEC)
Rev. Jonas M. Cunha(Extraído)

sexta-feira, 1 de julho de 2011

“Café da Manhã com Jesus”

“Disse-lhes Jesus: Vinde, comei...”  João 21.12 a
Depois de três anos com Jesus, os discípulos não precisavam perguntar quem era o homem que estava na praia.  Eles nada perguntaram porque já sabiam a resposta.  Será que ficaram sem fala por vê-lo vivo outra vez? Ou estavam com medo da bronca por terem fugido dele quando Ele mais precisou?
Mas Jesus não os censurou. Ele já havia sofrido todas as censuras e castigos dos soldados romanos, e já havia sido pregado na cruz para que nós, mesmo quando fraquejamos na caminhada e nos separamos dele, pudéssemos nos nutrir de seu sacrifício.
Jesus celebrou a Última Ceia dando pão e vinho aos discípulos.  Agora, na praia, compartilhava pão e peixe no café da manhã.  É interessante notar como Jesus se revelou e se doou aos discípulos em contextos de refeição: festa de casamento, pães multiplicados na montanha, Páscoa, desjejum na praia.  Por que será?  Porque Deus quer que aprendamos a celebrar sua presença entre nós com comida e amizade.
Em cada refeição, devemos nos lembrar do especial cuidado de Deus e celebrar a vida com Jesus, antecipando a maior celebração de todos os tempos – as Bodas do Cordeiro, o dia em que os salvos estarão no céu, com Jesus, celebrando um grande e maravilhoso banquete.
Pense: Em cada refeição, devemos nos lembrar do especial cuidado de Deus e celebrar a vida com Jesus.
Rev. Jonas M. Cunha (extraído de Cada Dia)

sexta-feira, 24 de junho de 2011

II "O Espírito Santo e a Santificação”

“Porquanto Deus não nos chamou para a impureza e sim para a santificação.”
1 Tessalonicenses 4.7
          Vimos, na meditação de domingo passado, que a Santificação é uma obra sobrenatural de Deus, operada pelo Espírito Santo, como consequência de nossa união com Cristo.  Também vimos que o crente tem participação nessa obra, usando os meios dados por Deus para nos santificar.
          Vale salientar que santificação não é o mesmo que melhoria moral. Há muitos incrédulos que possuem elevados padrões de moral e de ética, mas nem por isso são santos. Santificação é uma obra do Espírito no coração do cristão que faz com que ele procure viver para Deus.  A conduta social nunca serviu e nunca servirá como padrão de santificação.  Ex.: Fumar não é crime, e pode ser socialmente aceito, mas  não convém ao cristão e não o santifica.               
        Ainda que o uso da maconha seja legalizado, portanto uma conduta socialmente aceitável, não glorifica a Deus e não santifica. 
          Deus deixou ao ser humano  alguns meios para nossa santificação, no uso dos quais alcançamos vitória sobre o pecado e aperfeiçoamos nossa santidade no temor do Senhor.
         1. A Palavra de Deus – é o principal meio usado pelo Espirito Santo para promover e desenvolver a santificação do cristão.  Ela nos ajuda a ter comunhão com o Senhor, e nos encoraja, incentiva e orienta para o desenvolvimento gradual e progressivo da santificação (2 Tm 3.16-17).
         2. A oração  - a oração e a Escritura são os meio comuns de comunicação entre Deus e o cristão.  O fato de falar com Deus e ter suas orações respondidas, eleva os olhos dos cristãos para o céu, donde Cristo vive (Fp 4.6).
           3. Os sacramentos – (Batismo e Santa Ceia) Deus se serve deles para comunicar bênçãos aos Seus filho, não só sobre o que participa, mas aos que assistem. É uma ordenança que serve para testemunhar e nutrir o seu amor e comunhão uns com os outros e para distinguir entre eles os que são de fora” (Catecismo Maior, 162).
          4. O culto  - é uma fonte de estímulos poderosos para a nossa vida.  O crente tem prazer não só na comunhão com Deus, mas no convívio com seus irmãos ( Hb 10.25).
          5. O Serviço a Deus – as visitas a enfermos, tristes e aflitos; as ofertas para a manutenção do trabalho; a frequência assídua aos cultos e a todas as reuniões que visam o interesse da igreja, como Escola Dominical, sociedades, reuniões sociais, cultos de evangelização, etc.
Rev. Jonas M. Cunha (adaptado)